Entre os gestores de empresas e líderes de TI, uma preocupação é comum: mapear e mitigar os riscos e ameaças em ambientes digitais. E para dar conta desse desafio, é fundamental priorizar os investimentos em cibersegurança. Nesse sentido, a solução CASB pode ser uma escolha certeira. 

O Cloud Access Security Broker significa “Agentes de segurança de acesso à nuvem” em português. Ele fornece visibilidade da movimentação de dados para proteger diversos negócios e seu mercado, de cibersegurança, está em crescimento contínuo — atingindo US$ 298,5 bilhões até 2028, segundo estudo da Market and Market.

Neste artigo, exploraremos o que é esse sistema, sua função, como pode beneficiar as organizações e suas limitações como uma solução independente. Veja mais!

O que é um CASB?

Os pilares do agente de segurança de acesso à nuvem incluem a proteção contra ataques, preservação de dados, visibilidade de informações em nuvem e conformidades.

Segundo o Gartner, um agente de segurança de acesso à nuvem (CASB) é uma solução de aplicação de políticas de segurança baseada em nuvem, disponível para consumidores e provedores que visam interromper as políticas de segurança corporativa assim que os recursos baseados em nuvem são acessados.

Na prática, seu uso consiste na combinação de várias políticas e ferramentas de segurança, como:

4 pilares do CASB

Os pilares deste agente de segurança foram desenvolvidos conforme o uso da nuvem também cresceu e, nesse sentido, diferentes tipos de soluções (divididas em 4 categorias) foram criadas para atender às diferentes demandas dos recursos em nuvem. São elas:

1. Proteção da integridade de dados


A combinação de CASB com DLP (Data Loss Prevention, “prevenção contra a perda de dados” em português) permite que a TI veja quando o conteúdo sensível está viajando de ou para a nuvem, dentro da nuvem, e de nuvem para nuvem. 

Este sistema é considerado altamente sofisticado e sua detecção acontece por meio da impressão digital de documentos realizada juntamente à redução da área de superfície de detecção. Ele também permite o uso de contexto, como a atividade, o usuário e sua localização.  

2. Proteção contra ameaças e ataques

Para ajudar a identificar o comportamento anômalo do usuário, o pilar de proteção contra ameaças e ataques desse agente de segurança tem o objetivo de compilar uma visão abrangente dos padrões regulares de uso. Por isso, um CASB também pode detectar e remediar ameaças assim que alguém tenta roubar dados, fazer upload de um documento infectado ou obter acesso indevido, por exemplo.

Este pilar conta com recursos como o controle de acesso adaptativo, a análise de malware estática e dinâmica, análise prioritária e inteligência de ameaças para bloquear malware.

3. Visibilidade em nuvem

A visibilidade em nuvem é essencial para a proteção de dados de usuários e propriedade intelectual.

Para proteger usuários, dados confidenciais e propriedade intelectual, o pilar de visibilidade em nuvem representa uma solução CASB que fornece visibilidade abrangente do uso de aplicativos em nuvem, incluindo informações do usuário, do dispositivo e localização. 

A partir da visão clara de todos esses pontos, os profissionais de segurança corporativa podem conceder o acesso ou bloquear o aplicativo, por exemplo. 

4. Conformidade em nuvem


O uso de CASBs ajuda a manter a conformidade na nuvem, abordando uma ampla variedade de regulamentos de conformidade — como a LGPD, por exemplo. O pilar de Conformidades também conta com requisitos regulatórios, como ISO 27001. Por isso, uma solução como esta pode determinar as áreas de maior risco em termos de conformidade e fornecer orientação para que a equipe possa resolvê-las.

Como funciona um CASB?

Como você pode ter percebido até aqui, o trabalho de um agente de segurança de acesso à nuvem é fornecer visibilidade e controle sobre dados e ameaças na nuvem, buscando atender aos requisitos de segurança corporativa. Ele funciona em três etapas, sendo elas:

  1. Descoberta: com a descoberta automática, o sistema compila uma lista de todos os serviços de nuvem de terceiros, bem como quem os está usando;
  2. Classificação: com a extensão total do uso da nuvem mapeada, ele determina o nível de risco associado a cada aplicativo, identificando os tipo de dados estão em uso e como eles são compartilhados;
  3. Remediação: com o risco relativo de cada aplicativo conhecido, ele usa essas informações para definir a política de acesso aos dados e do usuário da organização. O objetivo é atender aos seus requisitos de segurança e agir automaticamente quando ocorrer uma violação.

Modelos de uso do CASB

Os modelos de uso desse sistema podem variar entre controle de API, Proxy Reverso ou Proxy de encaminhamento.

Agora que você já entendeu o que é, quais os pilares e como funciona um Cloud Access Security Broker, deve saber que existem três modelos de sua implantação a serem considerados:

  1. Controle de API: Oferece visibilidade de dados e ameaças na nuvem, bem como implantação mais rápida e cobertura abrangente.
  2. Proxy Reverso: Ideal para dispositivos geralmente fora do âmbito da segurança da rede.
  3. Proxy de encaminhamento: Geralmente, funciona em conjunto com clientes VPN ou proteção de terminais.

Benefícios do CASB para a segurança de empresas

Na prática, o uso desse agente de segurança permite que as empresas tenham acesso a uma série de benefícios, que passam pela recuperação de dados, detecção e prevenção contra ameaças e ampliação da visibilidade de riscos. Entenda melhor a seguir:

Evitar a perda de dados

A partir do sistema baseado em nuvem, esse sistema notifica as equipes de segurança sobre anormalidades no movimento de dados, além de criptografar as impressões digitais de arquivos que se movem para dentro ou para fora da nuvem. Por esse motivo, uma de suas vantagens é a redução do risco de perda de dados.

Detectar ameaças

Eles detectam comportamentos incomuns ou de alto risco em aplicativos baseados em nuvem, sejam eles ameaças internas, ataques maliciosos ou negligentes ou externos. Detectar esses riscos cedo, geralmente, limita a exposição da sua empresa.

Detectar e avaliar shadow IT

Este sistema pode ser essencial para evitar Shadow IT em empresas com políticas como o “Traga seu próprio dispositivo”.

Fenômenos como as políticas BYOD (Bring Your Own Device, ou “traga seu próprio dispositivo” em portugês), a crescente popularidade de SaaS (Software as a Service) e aplicativos em nuvem também colaborou para a ascensão da Shadow IT (uso não autorizado de software, hardware ou outros sistemas e serviços). 

Com isso, a restrição do acesso a aplicativos em nuvem a um conjunto definido de endpoints torna-se uma tarefa difícil, que pode ser solucionada com os agentes de segurança de acesso à nuvem.

Além disso, dispositivos gerenciados e não gerenciados exigem políticas diferentes para garantir a proteção eficaz dos dados corporativos e, nesse sentido, estes agentes de segurança ajudam a impor políticas de acesso granular, bem como identificar e categorizar aplicativos em nuvem na organização.

Prevenir contra ameaças externas e detecção de anomalias  

Esses sistemas oferecem recursos avançados de proteção contra ameaças, aproveitando o aprendizado de máquina e a análise de comportamento do usuário para identificar e mitigar possíveis problemas em tempo hábil. Com eles, é possível detectar anomalias que poderiam indicar um incidente de segurança, permitindo uma resposta proativa para mitigar os riscos antes que eles aumentem.

Ampliar visibilidade de riscos

Um dos benefícios fundamentais da implantação de agentes de segurança de acesso à nuvem é a visibilidade que ele fornece sobre o uso de aplicativos em nuvem em toda a organização. Os CASBs ajudam a identificar e catalogar esses serviços, oferecendo insights sobre quem os está usando e para quais fins.

A visibilidade aprimorada é crucial para a prevenção de ameaças, avaliando posturas de segurança e garantindo que todos os serviços em nuvem se alinhem com as políticas de segurança e os requisitos de conformidade da organização.

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Alexandre Nakano

Alexandre Nakano

Diretor de Segurança e Networking da Ingram Micro Brasil. A frente da diretoria de novos negócios para a área de Enterprise, Colaboração e Cybersec na Ingram Micro Brasil, possui mais de 20 anos no mercado de tecnologia e esteve sempre em cargos de gestão e direção de vendas em grandes empresas do setor de TI. Tem, em seu currículo, passagem por empresas como Cisco Systems, Cyclades/Avocent, Westcon/Comstor e Scansource/Network1. Além da experiência profissional, traz na bagagem acadêmica dois MBAs executivos, o primeiro em gestão corporativa pela FGV, o segundo em finanças, pelo Insper, além da graduação em Engenharia Eletrônica.