O mundo não é mais o mesmo. Com a pandemia da Covid-19, a aceleração da transformação digital tem sido comprovada em vários países ao redor do mundo. Especialmente porque com o uso das ferramentas virtuais é eficaz para prevenir a disseminação do coronavírus. Neste cenário, o processo de transformação da sociedade 4.0 para a sociedade 5.0 encontra-se em uma corrida acelerada.

Desse modo, os países vêm investindo em iniciativas de reformas regulatórias completas como a digitalização, o compartilhamento de dados e, também, em outras etapas relevantes nos mais diversos serviços médicos e educativo, assim como de administração pública, finanças, indústria e outros setores, a fim de construir uma economia e sociedade resilientes. A médio e longo prazo, a expectativa é resolver vários problemas sociais por meio da transformação digital, a fim de construir uma sociedade mais humana e feliz. 

Em paralelo, a UNESCO e os países que assumiram o compromisso com a Agenda 2030 estão focados em abordar as possíveis articulações necessárias para o desenvolvimento sustentável rumo à sociedade 5.0, convergindo os avanços tecnológicos para garantir a felicidade e o bem-estar das pessoas.

Centrada no ser humano, a estrutura da sociedade 5.0 compreende a tecnologia como uma ferramenta que está a serviço de todos, trabalhando para a qualidade de vida e do meio ambiente. Ela viabiliza o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para tornar a vida dos indivíduos mais justa, à luz da inclusão social e da busca por equidade.

Na sociedade 5.0, veículos autônomos e drones trarão bens e serviços para pessoas em áreas despovoadas. Os clientes poderão escolher o tamanho, a cor e o tecido de suas roupas online diretamente da fábrica de roupas antes de serem entregues por drone. Um médico poderá consultar seus pacientes no conforto de sua própria casa por meio de um tablet especial. Enquanto ela os examina à distância, um robô pode passar o aspirador no carpete. 

Na casa de repouso na estrada, outro robô pode estar ajudando a cuidar dos idosos. Na cozinha da casa de repouso, a geladeira monitora a condição dos alimentos estocados para reduzir o desperdício. A cidade será alimentada por energia fornecida de forma flexível e descentralizada para atender às necessidades específicas dos habitantes.

Nos arredores, tratores autônomos trabalharão nos campos enquanto, no centro da cidade, sistemas ciberfísicos avançados manterão infraestrutura vital e estarão à disposição para substituir técnicos e artesãos aposentados, caso não haja jovens suficientes para preencher a lacuna.

Continue sua leitura para saber mais dos caminhos percorridos para tornar a sociedade 5.0 uma realidade global!

O que é Sociedade 5.0?

A Sociedade 5.0 é o conceito da sociedade que se desenvolve centrada no ser humano, tendo como objetivo o equilíbrio entre o avanço econômico e a resolução de problemas sociais por um sistema que integra altamente o ciberespaço, a sustentabilidade e o espaço físico.
Uma sociedade superinteligente, conectada e sustentável são as premissas da sociedade 5.0!

Também conhecida como “sociedade superinteligente“, essa nova estrutura visa à construção de um sistema socioeconômico sustentável e inclusivo no qual as tecnologias digitais, como análise de Big Data, Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT) e robótica têm papel decisivo porque viabilizam o sistema ciberfísico no qual o ciberespaço e o espaço físico estão fortemente integrados

Desse modo, a proposta é permitir que as pessoas desfrutem das vantagens da evolução da indústria e da conectividade, potencializando a felicidade delas. Esse movimento gera vários impactos, contribuindo, inclusive, para o engajamento e a sustentabilidade das organizações.

Como surgiu o conceito de Sociedade 5.0?

A estrutura da Sociedade 5.0 está diretamente ligada à 4ª revolução industrial, que surgiu na Alemanha, quando o país começou a incorporar tecnologia de ponta nos processos industriais. À época, o objetivo era superar a crise financeira global de 2008. 

A 4ª revolução industrial explora uma série de processos avançados, como as interações digitais entre máquinas e sistemas, os sensores inteligentes, a internet das coisas, redes na nuvem, entre outros. Como resultado, as empresas registram aumento de produtividade, redução de recursos e desperdícios e uma gestão mais inteligente do fluxo de processos

Neste contexto, em 2013, o Japão começou a investir em um modelo de sociedade no qual a tecnologia está a serviço do ser humano. A Sociedade 5.0 propõe uma simbiose do homem com os sistemas inteligentes, visando otimizar processos e resolver problemas, para aumentar a qualidade de vida e garantir a sustentabilidade do planeta. 

Nesta nova estrutura social, conectividade, imaginação e criatividade são indispensáveis.

Quais os caminhos possíveis rumo à Sociedade 5.0?

Na construção da sociedade 5.0, os esforços para o desenvolvimento sustentável são relevantes porque orientam a evolução da indústria, tornando os processos conectados e inteligentes. De tal modo, as políticas e tecnologias são pensadas para permitir que as pessoas consigam atingir um nível de maturidade e discernimento com relação ao seu propósito de vida. 

A Sociedade 5.0 entrega tecnologia como instrumento facilitador para que as pessoas consigam viver de forma intensa, ganhando bem-estar e qualidade de vida.

Neste contexto, muito além da tecnologia, uma série de outros aspectos precisam ser considerados. À luz do desenvolvimentos sustentável e na construção da sociedade 5.0, é fundamental que os países avaliem os indicadores:

  • Produto Interno Bruto (PIB);
  • Índice de Desenvolvimento Humano (IDH);
  • Felicidade Interna Bruta (FIB);
  • Índice do Planeta Feliz (IPF).

Essas métricas são importantes porque permitem avaliar a riqueza de um país e a qualidade de vida da sua população. Além disso, eles permitem mensurar o desenvolvimento das sociedades frente à sustentabilidade. 

Na construção da sociedade 5.0, o bem-estar das pessoas e a relação sustentável com o planeta é parte essencial dessa nova estrutura. Por isso, neste contexto, a psicologia positiva também tem um papel importante. O conceito de flow, por exemplo, permite às pessoas libertarem seu poder criativo, na busca do conhecimento e da sabedoria.

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E o que isso tem a ver com a sociedade 5.0? Tudo! Afinal, se o homem está integrado ao planeta com a tecnologia ao seu serviço, ele tem condições de se concentrar em tarefas que realmente são importantes pra ele, enquanto as ferramentas digitais são responsáveis pelas demandas repetitivas e operacionais.

As Experiências de Fluxo, ou flow, são vividas naqueles momentos em que você se sente no completo controle das suas ações e de suas vidas, sentindo euforia e satisfação plena. 

A expectativa é que, na Sociedade 5.0, as experiências flow estejam presentes no cotidiano da vida das pessoas, inclusive nas ações muito simples, gerando bem-estar, felicidade e qualidade de vida

Conexão e interação são premissas essenciais para que a sociedade 5.0 evolua e se concretize!

Quais as diferenças da Sociedade 5.0 para a nossa?

Na sociedade 5.0, em vez de ter sistemas operando dentro de um escopo limitado, teremos sistemas que operam em toda a sociedade de forma integrada. Isso quer dizer que as demandas serão atendidas por uma única estrutura. O objetivo é garantir felicidade e conforto.

O intuito final é que a sociedade se conecte e tenha acesso a todos os aspectos da vida, incluindo energia, transporte, assistência médica, compras, educação, trabalho e lazer

Na sociedade 5.0, os sistemas reúnem dados variados e volumosos do mundo real que são processados ​​por sistemas de TI avançados, como Inteligência Artificial. Em seguida, o resultado desse processamento é aplicado no mundo real para tornar a vida das pessoas mais confortável e feliz, contribuindo também para a  sustentabilidade do planeta. 

Mas, esse processo já não acontece? Sim! Contudo, na sociedade 5.0 a abordagem vai além. Muito mais do que orientar a operação de um ar condicionado ou ferrovia, a tecnologia também irá pautar as ações e o comportamento das pessoas.

A sociedade 5.0 trabalha com um ciclo iterativo que abrange a coleta e a análise de dados. Na sequência, eles são convertidos em informações significativas incorporadas no mundo real, no ciclo de operação de toda a sociedade.

Smart city e a sociedade 5.0: essa realidade está próxima?

O Japão é o país que está mais próximo da sociedade superinteligente. A sociedade 5.0 extrapola o ciberespaço e o espaço físico, prevendo uma transformação completa do modo de vida. Assim, estes conceitos estão muito mais próximos da nossa realidade do que nós imaginamos!

Depois de uma década perdida de estagnação econômica, o Japão descreve sua iniciativa como um esforço para criar um novo contrato social e modelo econômico, incorporando totalmente as inovações tecnológicas da quarta revolução industrial. O país prevê o uso dessas soluções tecnológicas para criar uma sociedade “superinteligente”, que servirá de roteiro para o resto do mundo, contribuindo também para a sustentabilidade e o alcance dos novos objetivos globais das Nações Unidas, os ODS. 

Construir uma estratégia de digitalização, facilitada por soluções e empresas que trabalham com tecnologias de ponta alinhadas ao desenvolvimento sustentável, é indispensável para companhias que desejam se destacar na sociedade 5.0.

Além disso, a adoção de boas práticas, como a logística reversa e o descarte de eletrônicos, também deve ser uma das prioridades da organização.

Nesta jornada, o melhor é contar com um parceiro de tecnologia cuja atuação seja orientada  pelos valores de sustentabilidade, bem-estar e desenvolvimento pleno da sociedade como um todo. 

A Ingram Micro trabalha orientada por essas premissas. Sabemos que a transformação digital não pode parar, mas respeitamos o bem-estar das pessoas e a saúde do planeta.

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Luis Lourenço

Luis Lourenço

VP & Brasil Chief Executive da Ingram Micro. Tem mais de 20 anos de experiência no mercado de TI, atuando inicialmente como empreendedor em Portugal. Ingressou na Ingram Micro em 2001, com responsabilidades de liderança em Portugal, Espanha e Brasil. De 2010 a 2016, foi Diretor de Operações para a América Latina da Network1, um distribuidor brasileiro de TI de valor agregado adquirido pela Scansource.