A IoT, Internet das Coisas ou tradução do termo Internet of Things (IoT), faz parte do atual fenômeno de revolução tecnológica vivido pela humanidade. Seu desenvolvimento contínuo tem potencial para moldar nosso futuro de maneira inédita e isso se dá por alguns fatores conhecidos. São eles:

  • A inúmera quantidade de possibilidades que a Internet das Coisas oferece;
  • A maneira como está mudando a nossa relação com a tecnologia;
  • A mudança no modo que interagimos com o mundo;
  • A forma como o mundo interage com as pessoas.

Esse conceito vai além, pois implica em mudanças em nossa maneira de trabalhar. A IoT capta e transmite dados por sensores em linhas de produção, transportes, eletroeletrônicos, automóveis, dispositivos digitais e comerciais, além de se fazer presente em áreas onde estão os consumidores.

Veja como a Internet das Coisas é capaz de aprimorar soluções ― além de criar ― por meio de insights inovadores, estimulando a eficiência e desenvolvendo melhor o relacionamento entre os clientes e o seu modelo de negócio.

O que é a Internet das Coisas(IoT)?

A IoT, ou Internet das Coisas, caracteriza os objetos físicos capazes de se conectar por meio de sensores, chips e softwares. Um deles, inclusive, está em alta no mercado: o smartwatch. O segmento está em expansão e outros exemplos são as casas inteligentes e os automóveis conectados.

O relógio inteligente, por exemplo, tem tela sensível ao toque, monitora os sinais vitais do usuário, mostra mensagens e chamadas, toca música, indica a direção e pode apontar o melhor caminho até o destino desejado.

Segundo dados da empresa de pesquisa e estatística Canalys, o mercado de dispositivos vestíveis ― do qual faz parte o smartwatch ― cresceu 12% em vendas no primeiro trimestre de 2020, mesmo com a pandemia do novo coronavírus. A projeção é de que o ano termine com aproximadamente 150 milhões de usuários de smartwatches.

As “coisas”, do termo Internet das coisas (IoT), podem ser objetos, desde que possuam sensores ou sistemas digitais para funcionar de modo mais inteligente e que troque informações tanto com pessoas quanto com outros objetos, mesmo que não seja pela internet.

A conexão pode ocorrer por meio de:

  • Radiofrequência (RFID);
  • Bluetooth;
  • Wi-Fi;
  • Ethernet.

A principal consequência da IoT é um cenário global mais inteligente e responsivo, que nos permite entender como o funcionamento das coisas é capaz de trazer benefícios para a humanidade.

Objetos, máquinas e utensílios do cotidiano se tornam inteligentes quando suas funções são ampliadas por meio do cruzamento de dados. É o que ocorre com uma assistente virtual, por exemplo.

A partir do instante que você cadastra um compromisso em determinado local e indica o horário que deseja chegar, ela acompanha sua localização e indica o melhor momento de sair de casa.

Como os especialistas veem a IoT?

Um dos idealizadores da IoT, Internet das Coisas, Andy Stanford-Clark, engenheiro da IBM, diz que nós, humanos, sempre fomos adeptos do hábito de pôr mente e habilidades nos objetos que utilizamos.

Stanford-Clark define isso como uma extensão de nossa consciência. Contudo, quando eles começam a responder ativamente por meio da tecnologia, torna-se tênue a linha que separa usuário de objeto.

No livro Objetos Encantados, o autor, David Rose, diz que, com vida, os objetos se tornam capazes de antecipar nossas necessidades. Em entrevista ao site BBVA.com, ele define esses objetos como reflexo da tradição cultural ocidental, que revela quem somos e o que queremos.

Questionado sobre a relação entre a Internet das Coisas e o smartphone, David Rose diz que está “certo de que nossa relação com objetos encantados será mais natural do que com dispositivos móveis”.

Segundo o autor, os smartphones e tablets têm uma desvantagem em relação aos objetos com IoT: eles forçam o olhar para a tela. No raciocínio de David Rose, como exigem muita atenção, eles acabam isolando as pessoas do convívio social.

Previsões da Cisco e da McKinsey apontam que, até 2025, serão 50 bilhões de dispositivos de IoT conectados. O número, que parece alto, não representa para David Rose um excesso de informação.

Ele acredita que, inteligentes, os objetos serão verdadeiramente funcionais, projetados e utilizados de acordo com a necessidade de cada indivíduo.  

Quais são as principais aplicações da IoT – Internet das Coisas?

A IoT (Internet das coisas) traz vantagens como velocidade e praticidade, o que a torna facilmente integrável ao cotidiano.

As possibilidades inovadoras que a Internet das Coisas permite em todos os mercados faz com que ela desenvolva melhor o relacionamento entre clientes e modelos de negócios, além de estimular a eficiência de produtos e serviços.

Isso faz com que diversos setores passem por transformações estruturais significativas, pois a tecnologia da IoT causa um enorme impacto no bem-estar da sociedade. Esses impactos são vistos, principalmente, em dois aspectos:

1.     Velocidade: a informação gera valor e promove tomadas de decisão em qualquer rotina operacional. Por meio de conexões sem fio e automatizadas, a Internet das Coisas (IoT) consegue transferir seus dados rapidamente.

2.     Praticidade: a IoT estimula a redução do uso de cabos e fios elétricos, tornando mais prática a rotina de usuários domésticos e empresas. E esse tipo de comunicação cresce a passos largos!

Como a tecnologia da IoT já faz parte da nossa rotina, e vem ganhando espaço em novos objetos, listamos algumas de suas aplicações. Veja!

Smartwatch

O exemplo mais palpável de IoT no dia a dia talvez seja o smartwatch, item que se populariza mais a cada dia devido a sua praticidade.

Citamos esse objeto no começo deste artigo. Alguns modelos com LTE já dispensam conexão com o smartphone, levando sua linha telefônica para qualquer lugar. Além disso, possuem diversos sistemas de monitoramento ― desde o batimento cardíaco até o registro de momentos de pausa excessiva.

Smarthome

Conjunto de eletrônicos inteligentes que se comunicam com um dispositivo ― responsável pelo gerenciamento geral. É o caso das geladeiras, fogões, máquinas de lavar, Smart TVs e lâmpadas automatizadas.

Veículos autônomos

Os automóveis que rodam sem motorista estão ganhando novas funções e ficando mais inteligentes por causa da evolução da IoT (ou Internet das Coisas). Já otimizam o trajeto em tempo real, promovem uma direção mais segura e ainda economizam combustível.

Sensores industriais

Na indústria, a Internet das Coisas funciona em sensores implantados em máquinas, tornando a produção mais inteligente, ou seja, capaz de gerenciar as próprias atividades. Os dados coletados ainda são utilizados para melhorar a gestão da empresa.

Prevenção

A IoT também pode ser utilizada na prevenção dentro das fábricas, transmitindo informações sobre o desgaste de peças e componentes ― contribuindo para uma manutenção rápida e precisa.

Outro ponto importante é sua capacidade de identificar falhas assim que aparecem, possibilitando que reparos sejam feitos no menor tempo possível.  

Automação no varejo

Não apenas nos campos de TI, a Internet das Coisas também tem muito a agregar para o varejo!

Já no varejo, a IoT contribui com a automação do negócio. Identifica, por exemplo, os horários que têm os maiores fluxos de clientes, além de apontar quais áreas do estabelecimento são as mais frequentadas.

Outro uso da Internet das Coisas no varejo é a otimização da gestão de estoque, pois as prateleiras podem informar quando determinado produto se encontra em suas últimas unidades disponíveis para venda.

Marketing de produto

Nesse sentido, a IoT coleta dados em tempo real, tornando esse processo ainda mais rápido e preciso quando comparado com as pesquisas de mercado feitas com alguns consumidores.

Histórico do cliente

A Internet das Coisas permite avisar os clientes, com base em seus históricos, sobre as novidades da empresa. Trata-se de um contato fundamental para estreitar os laços entre consumidor e marca, reforçando a fidelização e estimulando o consumo.

Logística

Para aumentar a eficiência no atendimento ao cliente, a IoT acelera processos de logística como separação ― indicando a posição do produto e o modo mais rápido de alcançá-lo. Em poucos minutos, esse produto fica pronto para ser enviado.

Data Center

Mede a temperatura e a umidade por meio de sensores. Quando os níveis ideais são ultrapassados ― para mais ou para menos ―, alertas são dados para que sejam tomadas ações corretivas.

Uso da energia elétrica

Empresas e indústrias, de modo geral, consomem bastante energia elétrica. No entanto, em nosso país, os reajustes são frequentes e causam um impacto nas contas.

Com a IoT é possível ter um controle eficiente do consumo de energia. Basta colocar sensores em todos os equipamentos elétricos para saber o custo energético de cada um ― o que pode indicar a necessidade de mudança para obter um consumo menor.

Cidades inteligentes

Cidades inteligentes, ou smart cities, são as que utilizam tecnologias digitais com a finalidade de melhorar o bem-estar da população. São comunidades automatizadas e mais sustentáveis.

Em Barcelona, na Espanha, o sistema de coleta de lixo é completamente automatizado. Ele funciona a vácuo, pois as lixeiras se conectam a uma rede subterrânea.

Tel Aviv, em Israel, tem outro exemplo, dessa vez em segurança pública. A Internet das Coisas funciona nas câmeras que monitoram a cidade e ajudam a melhorar o tempo de resposta às ocorrências que são feitas.

Como você pôde perceber neste artigo, a IoT ou Internet das Coisas pode ser aplicada e/ou adaptada em praticamente tudo, basta ter uma necessidade!

Sua aplicação pode ser feita em indústrias, empresas e residências, permitindo que processos sejam automatizados de maneira inteligente.

A Internet das Coisas (IoT) é uma das molas propulsoras da transformação digital por estimular e amparar processos de inovação em todas as áreas.

Preparado para ter a IoT em seu negócio? Fale com a Ingram Micro! Somos o maior distribuidor global de tecnologia e líder em automação.

Este artigo foi útil?

(4)

Você já votou neste post

Tags

Roberto Gero

Roberto Gero

Diretor de Produtos e Advanced Computing da Ingram Micro Brasil. Formado em Engenharia Mecânica, com MBA Executivo pela FIA/USP – Fundação Instituto de Administração. Desde 2017, trabalha como Diretor de Soluções Avançadas na Ingram Micro Brasil; com mais de 25 anos em áreas de negócios de TI, passou por diferentes posições em Canais e Fabricantes, incluindo IBM, Oracle e Ingram Micro.