Os impactos ambientais, gerados pela industrialização e pelo avanço da tecnologia, são notáveis no Brasil e no mundo. Até pouco tempo, o desenvolvimento tecnológico e industrial parecia ir contra a busca pela sustentabilidade e a conservação ambiental. Porém, a tecnologia ambiental vem para demonstrar que é sim possível se desenvolver e cuidar de nosso planeta.

Hoje, as emissões de dióxido de carbono (CO2) aumentaram, plásticos e outros resíduos estão poluindo cada vez mais os oceanos, áreas vegetais estão sendo exploradas e desmatadas ilegalmente e o preço do petróleo dispara. Ainda assim, é possível pensar em uma abordagem diferente, com foco na preservação da natureza, ao apostar na ciência e nas tecnologias ambientais.

Muito além de minimizar os problemas da emissão de resíduos poluidores, as tecnologias ambientais permitem às empresas conquistar ecoeficiência, ou seja, produzir mais com menos recursos.  
Muito além de minimizar impactos, a tecnologia ambiental é revolucionária!

Neste artigo, apresentamos a você o conceito de tecnologia ambiental e como as organizações podem buscar o equilíbrio entre tecnologia e meio ambiente no planejamento e na execução das suas iniciativas. 

Tecnologia e meio ambiente: como o planeta já foi prejudicado? 

A revolução industrial trouxe novas tecnologias para nosso cotidiano. Historicamente, esse movimento de novos processos de fabricação e industrialização seguiram em ritmo acelerado. 

Como consequência, temos o impacto gerado pela tecnologia no meio ambiente, que inclui o uso indevido e a devastação de recursos naturais. Na prática, até então, o mundo foi prejudicado de duas maneiras principais: poluição e esgotamento dos recursos naturais. 

Vamos, agora, entender a fundo esses impactos nas diversas esferas naturais do planeta:

#1 Poluição do ar e da água

A poluição do ar ocorre quando quantidades, excessivas ou prejudiciais de gases, como dióxido de carbono, monóxido de carbono, dióxido de enxofre, óxido nítrico e metano são introduzidos na atmosfera terrestre. 

As principais fontes emissoras desses poluentes surgiram após a revolução industrial, com as fábricas, a agricultura em massa e os veículos. 

As consequências da poluição do ar inclui impactos negativos para a saúde de humanos e animais, bem como contribui para o aquecimento global. Isso porque o aumento da quantidade de gases de efeito estufa no ar retém energia térmica na atmosfera terrestre e faz com que a temperatura global aumente.

#2 Esgotamento dos recursos naturais

O esgotamento de recursos é outro impacto negativo da tecnologia no meio ambiente. Diante de tantas demandas, o consumo dos recursos têm sido mais rápido do que a capacidade de reabastecimento natural dos mesmos.

Os recursos naturais podem ser renováveis ​​ou não renováveis. Atualmente, existem vários tipos de esgotamento de recursos. Confira alguns dos mais graves:

  • Esgotamento de aquíferos;
  • Desmatamento;
  • Mineração de combustíveis fósseis e minerais;
  • Contaminação de recursos;
  • Erosão do solo;
  • Consumo excessivo de recursos.

Isso ocorre, principalmente, como resultado da agricultura, mineração, uso de água e consumo de combustíveis fósseis de maneira desenfreada e sem a devida mitigação de impactos.

Além disso, os níveis de degradação dos recursos naturais também estão aumentando devido ao aumento da população global. Desde a revolução industrial, a exploração mineral e petrolífera em grande escala tem aumentado, gerando o esgotamento natural do petróleo e demais recursos minerais.

O desmatamento também é extremamente severo e agressivo. Segundo dados do Banco Mundial, a perda líquida de floresta global entre 1990 e 2015 foi de 1,3 milhão de km. Tal prejuízo ocorre, principalmente, por conta da agricultura em larga escala, da extração de madeira para combustíveis e da criação de espaços para novas áreas residenciais. 

O resultado, além da derrubada das árvores, que removem dióxido de carbono da atmosfera, é a agressão a toda fauna e flora local, que se tornam suscetíveis à extinção.

Tecnologia ambiental: o que é e qual sua importância?

Até aqui, você viu como a revolução industrial, seguida da digitalização dos processos, impactou negativamente no ecossistema do mundo. Mas nem tudo está perdido. Pelo contrário, com a tecnologia ambiental é possível viabilizar a transformação digital, preservando os recursos naturais.

Neste momento, o desafio das companhias é priorizar a construção de políticas sustentáveis com uma governança eficaz, voltada também para a sustentabilidade global. A boa notícia é que existe uma geração de novas tecnologias capaz de ajudar a humanidade a ajustar o delicado equilíbrio entre o mundo desenvolvido e a preservação da natureza.

A tecnologia ambiental, também conhecida como tecnologia ‘verde’ ou ‘limpa’, surge neste contexto. A metodologia consiste em aplicar as ciências ambientais no desenvolvimento de novas tecnologias, que visam conservar, monitorar ou reduzir os danos que o homem provoca ao meio ambiente quando consome seus recursos.

Um futuro melhor é semeado para quem investe em tecnologia ambiental.
A tecnologia ambiental é orientada pelo desenvolvimento sustentável. Ou seja, consiste em adotar práticas que alimentam o crescimento econômico, evitando o esgotamento dos recursos naturais e a diminuindo a poluição.

Em suma, as tecnologias ambientais visam proteger o meio ambiente, trazendo formas de consumo menos poluentes ou sustentáveis. 

Tecnologia e meio ambiente: foco no desenvolvimento e na preservação ambiental

A tecnologia ambiental traz uma série de soluções que visam contribuir para o equilíbrio do ecossistema de várias maneiras diferentes. Veja algumas das vantagens da tecnologia limpa: 

  • Diminui as emissões de poluentes, 
  • Reduz o consumo de energia;
  • Recupera subprodutos valiosos;
  • Minimiza os problemas de eliminação de resíduos;
  • Viabiliza o alcance da ecoeficiência nas companhias;
  • Facilita a construção de sistemas de gestão ambiental;
  • Torna os processos de produção mais limpos.

Note como são muitas as vantagens do uso da tecnologia ambiental. A seguir, apresentamos alguns dos principais exemplos acessíveis para empresas e pessoas. 

Energia do biogás

Como uma fonte alternativa para a produção de energia renovável, o biogás se destaca cada vez mais como uma das soluções de tecnologia ambiental. 

Produzido a partir da degradação de várias substâncias orgânicas, em processos biológicos de fermentação com ausência de oxigênio, o biogás contém um alto teor de metano (CH4). Por isso, pode ser convertido em eletricidade e calor por meio do processo de cogeração.

Na prática, o biocombustível costuma ser usado em sistemas de aquecimento e, também, para a iluminação urbana. 

Energia solar

Hoje, contamos com diversas opções de fontes de energias renováveis como, por exemplo, a energia solar. Pela sua característica abundante e inesgotável, a energia solar é uma excelente alternativa para universalizar o acesso sustentável à eletricidade. 

A energia solar é uma das tecnologias ambientais mais limpas e fáceis de implementar em seu negócio!

No Brasil, a energia solar já é de grande destaque e tende a se tornar ainda mais popular nos próximos anos, já que o clima do país favorece a adoção deste tipo de tecnologia ambiental. 

Armazenamento de sal fundido

No uso da energia solar, um dos maiores desafios é armazenar a eletricidade gerada a partir do Sol. Mas, a inovação não para e novas soluções surgem. Assim, para atender esta demanda, a tecnologia ambiental de sal fundido permite o armazenar a energia por longo prazo.

Na prática, a tecnologia consiste no uso de espelhos para refletir a luz do Sol em um receptor que processa o sal líquido, tornando-o fundido. Em seguida, o sal fundido segue para um tanque térmico isolado que absorve e guarda o calor. 

Quando a energia é requerida, o sal fundido passa por um sistema de geração de vapor que aquece a água, produzindo vapor de alta pressão e acionando as turbinas para gerar energia. Todo esse processo acontece sem emissão de poluentes.

Wetlands para tratamento de esgoto 

Já populares na Europa, os Wetlands são uma tecnologia ambiental pouco conhecida e usada no Brasil.

Também denominados “jardins filtrantes”, os Wetlands são compreendidos como sistemas biológicos projetados para viabilizar o tratamento de águas e efluentes. Eles usam a microbiota, que se desenvolve naturalmente em ecossistemas aquáticos e atua como um filtro capaz de acelerar a degradação dos resíduos orgânicos dos esgotos. 

Vale destacar que a vegetação não trata o esgoto, mas exerce um papel importante no tratamento. Isso porque as raízes das plantas facilitam a remoção de poluentes à medida que aumentam a área de filtragem. 

Neste processo, elas liberam oxigênio e absorvem o excesso de nutrientes oriundo da decomposição de matéria orgânica na água. De outro modo, elas também otimizam os Wetlands devido a sua contribuição para o aumento da condutividade hidráulica do mecanismo.

Lâmpadas inteligentes

Até agora, abordamos sistemas de tecnologia ambiental mais complexos e avançados. Contudo, é possível contribuir para um ecossistema mais equilibrado adotando boas práticas simples. 

As lâmpadas de LED inteligentes, por exemplo, podem ser controladas por meio de um app de celular. A ferramenta permite, ainda, programar a ativação e o desligamento, com horários agendados, a intensidade e as cores da luz emitida. No Brasil, a Philips desenvolveu a linha HUE. 

Desenvolvimento de produtos biodegradáveis

Já sabemos que gerar menos lixo é uma demanda urgente. Além disso, o consumidor está cada vez mais alinhado às práticas de sustentabilidade, exigindo essa postura das marcas.

Por isso, uma das tecnologias ambientais que vêm se destacando é o desenvolvimento de produtos biodegradáveis. Assim, muitas companhias já estão trabalhando orientadas por essa premissa.

Uma startup indiana criou talheres veganos, comestíveis e totalmente biodegradáveis. Eles são feitos de arroz. Com investimento inicial de US$ 600 mil, a empresa já produziu mais de 2,25 milhões de colheres e garfos. Com isso, ela evita a geração de lixo e o descarte de plástico.

Como agregar tecnologia e sustentabilidade ao meio ambiente?

Às empresas, cabe priorizar a definição de uma estratégia focada no desenvolvimento sustentável e na preservação dos recursos naturais. Com a tecnologia ambiental, as companhias ganham ecoeficiência e a sociedade ganha um planeta equilibrado. A tecnologia e o meio ambiente podem andar lado a lado.  

Porém, os gestores precisam, além de consciência e boa vontade, otimizar e colocar seus investimentos nas soluções certas. Por isso, comece a inovar com um olhar verde e selecione tecnologias limpas

Muitos dos processos que já existem na sua companhia, certamente, podem ser otimizados, para que se tornem mais sustentáveis. Vejamos um exemplo:

Hoje, como você faz o descarte dos equipamentos de TI? Existe uma política bem definida e consistente? Se a resposta for negativa, você pode começar revendo esse fluxo e implantando uma estratégia completa de logística reversa.

Esta é uma das práticas verdes que estão ao seu alcance, mas é possível ir muito além. O leque de tecnologias sustentáveis só cresce. A adesão às soluções também está aumentando. Hoje, a tecnologia ambiental é sinônimo de responsabilidade da marca e competitividade crescente.

Se você busca por sustentabilidade na sua companhia, entre em contato com a INGRAM. Temos as melhores soluções para ajudá-lo na jornada de implantação de uma política de TI verde, pautada pela tecnologia ambiental. 

Esse é nosso compromisso com os clientes e com o equilíbrio do planeta.

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Paulo Batista

Paulo Batista

Paulo Batista é Gerente Sênior de Unidade de Negócios na Ingram Micro Brasil, lidera a divisão de Lifecycle Services, que abrange as áreas de ITAD, Logística Reversa, e HW ProServices. Com duas décadas de expertise em Serviços de TI e experiência sólida nas indústrias de Manufatura, Logística e Reparo, vem desempenhando papéis-chave em renomadas empresas como LG, Microsoft e Flex. É membro ativo do Conselho Global da E-Stewards e advisor na RLA (Reverse Logistics Association). Formado em Administração de Empresas, MBA em Negócios Internacionais, Especialização em Supply Chain pela Rutgers University em NY/USA, e MBA em Negócios Digitais pela USP, além de certificações em Economia Circular e Lean Green Belt, fortalecendo ainda mais o comprometimento com práticas sustentáveis e eficiência operacional.