A transformação digital facilitou os processos do dia a dia, mas nos colocou diante da necessidade de estarmos atentos aos tópicos de cibersegurança. Afinal, são vários os  tipos de ransomware que podem tentar sequestrar as nossas informações pessoais.

Hoje, por exemplo, é possível trabalhar sem sair de casa ou até mesmo em uma empresa com sede em outro país. Entretanto, diante desse novo cenário – onde passamos mais tempo conectados – surgem indivíduos mal intencionados, que fazem de tudo para invadir os computadores.

Uma das formas mais utilizadas para estes golpes é o uso de um dos tipos ransomware, um “vírus sequestrador” que invade seu sistema e cobra um valor de “resgate”, para devolvê-lo novamente. 

Sabendo dessas ameaças, é fundamental buscar formas de blindar seu sistema e se defender dos ataques. Continue a leitura e entenda como esse vírus funciona, quais os tipos de ransomware e como você pode se prevenir deles!

O que é ransomware? 

Os tipos de ransomware são malwares sequestradores de dados, o ataque deles é feito através  de técnicas de  criptografia onde os alvos são os arquivos do usuário. Dessa forma, por meio do ransomware, os hackers invadem os os arquivos e os tornam inacessíveis.

Explicando de uma maneira mais simples: é como se uma pessoa recebesse pelo correio uma grande caixa e, ao abrir, ela se depara com um invasor. Uma vez dentro de sua residência, ele irá te deixar vulnerável. É assim que o ransomware opera, ele invade o seu sistema, mas só porque encontrou uma brecha para entrar. 

O vírus é instalado por meio de links maliciosos, geralmente anexados em e-mails, ou em sites que induzem o usuário a clicar. 

Em outras palavras, o criminoso explora as vulnerabilidades e se aproveita da falta de conhecimento tecnológico de algumas pessoas para invadir seus  sistemas. 

A partir do momento que ele se instala, o ransomware consegue se apropriar dos seus arquivos e cobra um valor de resgate que geralmente é pago via bitcoins e dificulta a possibilidade de rastreamento do dinheiro.

O que é um malware?

O termo malware é a junção das palavras “malicious” e “software”, ou seja, um software malicioso. Esse conceito é usado para se referir a qualquer tipo de aplicação virtual que possa causar prejuízos aos usuários. 

Existem diversos tipos de malwares, como listamos a seguir: 

  • Cavalo de tróia: este malware vem dentro de um programa que aparenta ser legítimo e inofensivo, mas é uma versão falsa e, quando instalada no sistema, consegue roubar dados do usuário;
  • Spywares: é um malware que se infiltra no sistema e transmite as informações secretamente, e assim, ele pode monitorar todas as atividades dos usuários;
  • Worms: é uma aplicação que infecta o computador explorando suas vulnerabilidades. Ele se replica automaticamente e se espalha para outras máquinas, visando roubar dados do usuário e empresas;
  • Ransomware: um malware que sequestra dados e informações.

Uma vez instalado, é extremamente difícil remover um malware. Por isso, o uso de programas antivírus é tão importante. A ferramenta é responsável pelo monitoramento em tempo real, a fim de evitar algum ataque.

A instalação de malwares podem ter várias motivações como: 

  • Interceptação de dados; 
  • Roubo de informações; 
  • Danos físicos ao sistema; 
  • Corrupção de dados ou somente causar irritação.

O malware pode comprometer informações importantes, desativar ou sobrecarregar todo o sistema operacional do dispositivo. 

Como surgiu o ransomware?

As primeiras infecções de sistema por ransomware ocorreram em 1980, tratava-se de um vírus de DOS e era denominado Casino. Quando instalado em um sistema, ele copiava todos os dados da memória RAM, de arquivos FAT e, por fim, apagava todo o conteúdo disposto no HD. 

Entretanto, o usuário não recebia um pedido de resgate. Em vez disso, para recuperar os dados, a vítima do ciberataque era desafiada a pontuar em um jogo no estilo caça-níquel, que aparecia na tela. 

Uma década mais tarde, em 1990, surgiu o PC Cyborg. Distribuído por disquetes, ele criptografava a unidade “C:/” e exigia pagamento em dinheiro. Em 2005, começaram a surgir versões mais modernas de tipos de ransomwares, sendo que a vítima era instruída a pagar o resgate via SMS ou com cartões pré-pagos. 

Entretanto, o que provocou o aumento de casos de invasão de sistemas operacionais por meio dessas aplicações foi a popularização dos meios de pagamento digital, em especial o Bitcoin. Isso porque pagamentos realizados por meio de criptomoedas são muito difíceis de rastrear.

Quais os tipos de ransomware?

Os tipos de ransomware variam segundo as diferentes formas que eles podem atacar um dispositivo ou sistema.

Os ataques dos tipos de ransomware podem ocorrer de diferentes formas. Ao longo dos anos, os métodos de invasão evoluíram. Confira os principais tipos:

Locker Ransomware

Uma vez dentro do seu sistema operacional, o hacker bloqueia o dispositivo e impede que as funções mais básicas sejam operadas. Quando isso acontece, nem os acessórios conectados (mouse e teclado) funcionam e os direitos de login são negados.

É a forma de ataque mais comum, entretanto a boa notícia é que ele não visa destruir ou comprometer os dados.

Crypto Ransomware

O ataque se dá por meio da criptografia dos arquivos do usuário, como documentos, fotos e vídeos. Nesse caso, o hacker sequestra suas informações e só as liberta mediante pagamento. Isso porque, ao atacar o sistema, eles criam chaves de acesso, impedindo que o usuário acesse o próprio dispositivo.

Os invasores podem ainda inserir cronômetros, indicando um prazo de pagamento. Em caso de não cumprimento, todos os arquivos podem ser excluídos automaticamente.

Scareware

O malware scareware infecta o sistema ou dispositivos e se apresenta como um alerta, alegando ter detectado um vírus ou mau funcionamento da máquina. Nesse caso, ele solicita que o usuário pague por um serviço falso que se compromete solucionar o problema.

Ou seja, é um ataque que se utiliza do medo do usuário de ter seus dados comprometidos e se apresenta como uma ajuda ao oferecer uma “solução” para proteger o sistema. 

Doxware

Esse tipo de malware invade o sistema e ameaça distribuir informações confidenciais e sigilosas na rede ou vazá-las para terceiros. As empresas são as vítimas escolhidas, já que o vazamento é mais danoso que o prejuízo financeiro.

Algumas informações são tão confidenciais que podem ameaçar a existência da empresa, caso vazem. Os invasores se aproveitam desse tipo de vulnerabilidade para operar seus ataques.

Ransomware-as-a-Service (RaaS)

Essa aplicação maliciosa funciona de forma similar ao Software-as-a-Service (SaaS). O invasor não precisa ter nenhuma habilidade técnica, Ele simplesmente compra o ransomware na dark web e paga uma taxa mensal de uso. 

Com isso, o hacker realiza o login no serviço, seleciona os alvos e faz os ataques, para cobrar os resgates, tudo isso por meio de uma interface.

Quais os danos dos tipos de ransomware?

De forma geral, todos os tipos de ransomware apresentam danos bastante semelhantes entre si.

Os ataques podem causar diversos danos para a empresa, já que visam arquivos pessoais ou informações confidenciais e financeiras de uma organização.

Além disso, o tempo gasto pela equipe para entender o que está acontecendo, tentar recuperar o acesso, informar as autoridades, compromete a rotina de trabalho, provocando transtornos e atrasos.

É preciso considerar também que os dados de clientes correm o risco de cair nas mãos de terceiros, que podem usar essas informações para cometer crimes de extorsão, por exemplo. 

Como se proteger de ataques de ransomware e malware?

Como vimos anteriormente, tanto o ransomware, como outros tipos de malwares se aproveitam da vulnerabilidade e da falta de conhecimento técnico para se instalar nos sistemas operacionais.

Por isso, é fundamental que a empresa invista em segurança e a melhor forma de se prevenir desses ataques é estar em constante atenção e utilizar ferramentas de proteção. Confira, a seguir, algumas dicas:

Treine sua equipe

Sua equipe precisa estar instruída para evitar possíveis invasões, por isso, é importante que eles tenham treinamentos sobre cibersegurança.

Os colaboradores precisam aprender a criar e gerenciar senhas para proteger o sistema, além de saber reconhecer links e e-mails suspeitos, que podem ser o ponto inicial da infecção, caso sejam instalados.

Contratar empresas especializadas no assunto pode ser uma forma de instruir melhor a equipe, mostrando como reagir no caso de ataque e de recuperar os dados.

Utilize ferramentas de proteção

Softwares antivírus podem ser uma ótima solução, já que tem o potencial de neutralizar ameaças e notificar o usuário, caso o sistema esteja exposto a algum tipo de perigo.

Além disso, os programas antivírus, em sua grande maioria, possuem mecanismos de verificação diária, de todo o sistema operacional e arquivos.

Faça backups regularmente

Caso o sistema seja invadido por hackers, a empresa não fica refém dos invasores, pois, os dados estarão armazenados em outro local com máxima segurança. Sendo assim, mesmo com a invasão, a empresa não corre risco de perdê-los.

Como a Ingram Micro pode ajudar?

Para proteger sua empresa contra os ataques cibernéticos, é importante contar com especialistas em cibersegurança para se prevenir.

Como vimos, a melhor forma de evitar os ataques é adotar medidas de proteção!  Incentive seus pares e equipes a tomarem os mesmos cuidados para evitarem a instalação dessas aplicações maliciosas.

A Ingram Micro pode te ajudar a se proteger contra essas ameaças. Contamos com as melhores soluções de segurança da informação, especialistas na área e, assim, facilitamos as instalações de antivírus que protegerão você e sua empresa. 

Entre em contato com um dos nossos especialistas e conheça a solução ideal para blindar sua empresa contra ciberataques!

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Alexandre Nakano

Alexandre Nakano

Diretor de Segurança e Networking da Ingram Micro Brasil. A frente da diretoria de novos negócios para a área de Enterprise, Colaboração e Cybersec na Ingram Micro Brasil, possui mais de 20 anos no mercado de tecnologia e esteve sempre em cargos de gestão e direção de vendas em grandes empresas do setor de TI. Tem, em seu currículo, passagem por empresas como Cisco Systems, Cyclades/Avocent, Westcon/Comstor e Scansource/Network1. Além da experiência profissional, traz na bagagem acadêmica dois MBAs executivos, o primeiro em gestão corporativa pela FGV, o segundo em finanças, pelo Insper, além da graduação em Engenharia Eletrônica.