Hoje, muitas empresas mantêm sistemas de TI e esperam extrair valor estratégico deles. Porém, investir na aquisição e na manutenção da tecnologia já não é suficiente. Em vez disso, as companhias precisam de um mecanismo para regular, monitorar e controlar os esforços de criação de valor dos sistemas de TI

Assim, surge uma grande oportunidade chamada governança de TI.

Desenvolvida para lidar com o gerenciamento de desempenho e risco dos sistemas, a governança de TI visa gerar valor para as organizações e garantir o alinhamento entre os objetivos de TI e do negócio. 

Neste artigo, apresentamos a relevância deste conceito e mostramos como ele pode transformar a realidade da companhia. Confira!

O que é governança de TI?

A governança de TI é definida como os processos que garantem o uso eficaz e eficiente de TI para permitir que uma organização atinja seus objetivos. Ela é o processo que garante a avaliação, seleção, priorização e financiamento dos investimentos em TI. 

Desse modo, é possível planejar e supervisionar sua implementação para extrair benefícios de negócios mensuráveis. Acima de tudo, a governança de TI envolve um processo de tomada de decisão e supervisão de investimento empresarial para garantir que a área de TI opere de maneira eficaz, eficiente e compatível.

Em alguns casos, governança de TI e gestão de TI aparecem como sinônimos. Contudo, é importante evitar essa confusão e ter clareza sobre as diferenças entre os conceitos.

A governança de TI visa assegurar que os processos e estrutura organizacionais gerem valor aos clientes externos. Já a gestão de TI é voltada para as demandas internas e têm como meta garantir que os processos e a estrutura da área sejam implementados com sucesso.

Dessa maneira, a governança de TI, também conhecida como governança de engenharia de sistemas, é orientada por alguns pilares centrais, como: 

  • Arquitetura corporativa;
  • Gestão de portfólio; 
  • Gestão de projetos;
  • Gestão de riscos da informação.

Com essa abordagem, ela visa garantir que as políticas e procedimentos de TI sejam cumpridos.

A governança de TI oferece mais segurança e bem estar a sua empresa e colaboradores, aliada a muita tecnologia!

Qual o papel da governança de TI?

Nas organizações, a governança de TI pode ser compreendida como uma extensão da governança corporativa

A partir do conjunto de ações, políticas, regras e processos definidos no plano de governança da TI, a companhia pode obter uma série de ganhos, tais como:

  • Acompanhar resultados mensuráveis ​​em relação a estratégias e metas de negócios mais amplas;
  • Cumprir as obrigações legais e regulamentares relevantes, como as estabelecidas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD);
  • Garantir que as partes interessadas possam ter confiança nos serviços de TI;
  • Cumprir regras ou requisitos de governança corporativa;
  • Gerenciar com precisão o aumento no retorno sobre o investimento em TI.

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Desenvolvimento pleno de uma empresa e a governança de TI

Na estrutura organizacional, a governança de TI é responsabilidade dos executivos e da diretoria. Assim como as lideranças se dedicam à governança corporativa, elas precisam gerenciar com a mesma atenção os processos relacionados à governança de TI, que sustentam as estratégias e os objetivos da organização.

Sem uma governança de TI eficaz, o potencial e o sucesso de uma organização estão em risco. Muitas vezes, conselhos e executivos não têm consciência dos problemas gerados pela ausência da governança de TI. Se esse é o caso da sua empresa, o melhor ponto de partida é a educação.

Além disso, vale apresentar relatórios que destacam e recomendam soluções para os pontos fracos comuns do sistema. Essas fraquezas ameaçam a segurança da informação e, por sua vez, a governança de TI. 

O desafio é aumentar a prioridade e a visibilidade desse pilar internamente. Portanto, você pode buscar fomentar essa discussão a partir de algumas perguntas-chave, como:

  • Com que frequência o conselho é informado sobre os riscos de TI aos quais sua organização está exposta?
  • A TI é tratada de maneira estruturada nas reuniões do conselho?
  • O conselho está articulando claramente o objetivo do negócio para facilitar o alinhamento com a TI para esses objetivos?
  • O conselho entende a dinâmica de risco/retorno dos principais investimentos em TI?
  • O conselho obtém relatórios regulares de progresso sobre os principais projetos de TI?
  • Como o conselho realiza sua supervisão de TI?
  • Quais são os controles e relatórios de TI?
  • Quais são os indicadores de desempenho de TI?
  • Quem é responsável por defender e conduzir a governança de TI?

Vale destacar que, se a empresa ainda não tem maturidade em governança de TI, muitas dessas perguntas terão respostas com pontas soltas, revelando a importância dessa estratégia. Para as companhias que desejam crescimento constante e destaque no mercado, adotar a governança de TI não é uma opção, mas sim um requisito obrigatório.

Desafio, inovação e transformação – a mudança que sua empresa procura está aliada aos processos de governança de TI.

5 passos para implementar a governança de TI

Agora que você já compreendeu a relevância deste tipo de governança, o próximo passo é compreender qual a melhor maneira de implementar na organização. 

A seguir, elencamos os principais pilares da governança de TI para começar nesta jornada. Veja só:

1. Modelo de Governança

Para fazer a implementação de forma rápida e eficaz, o ideal é adotar um modelo de governança, também chamado de estrutura. 

Dentre os principais frameworks de processos para governança de TI, ITIL® e COBIT® são dois modelos amplamente conhecidos e usados. Enquanto o ITIL tem como foco a padronização e o gerenciamento de serviços de TI, o COBIT visa otimizar o relacionamento com as áreas de negócios da empresa. 

Essas estruturas se complementam e podem ser combinadas. Ainda assim, algumas empresas preferem utilizar apenas uma delas.

2. Plano Estratégico de TI

Desenvolver um plano estratégico de TI é essencial para manter os objetivos de TI alinhados ao propósito do negócio. Dessa forma, é possível definir as ações, projetos de TI, priorizando os investimentos em iniciativas com potencial de trazer mais resultados para a empresa.

Assim, a companhia otimiza seus principais recursos, como tempo e dinheiro. A construção de um plano estratégico de TI passa por cinco etapas principais:

  • Análise: consiste em avaliar as condições internas e externas à TI;
  • Formulação de estratégias: define quais objetivos a TI deve alcançar para contribuir com o propósito da organização;
  • Plano de execução: define quais objetivos a TI deve alcançar para contribuir com o propósito da organização;
  • Monitoramento: significa avaliar o andamento das iniciativas estratégicas para implementar o plano com sucesso;
  • Ajuste de plano: consiste em fazer alterações na rota para contornar possíveis imprevistos.

3. Projetos Estratégicos

Além de construir o plano estratégico, a área precisa definir também os projetos de TI, ou seja, as iniciativas que serão realizadas para atingir os objetivos do setor e dos negócios da companhia. 

Dentro desse escopo, o gerente de TI deve ter gerenciamento de projetos, programas e portfólio. Com essa abordagem, a empresa garante que tudo será entregue dentro do prazo e do orçamento definido.

4. Catálogo de serviços + SLAs

Para padronizar os processos de gerenciamento de serviços de TI, essas ferramentas são grandes facilitadoras. 

Um Catálogo de Serviços apresenta todos os serviços entregues pela TI para o negócio, além de detalhar informações específicas, tais como: descrição do serviço, quem pode solicitar, como fazer a solicitação, custo do serviço, entre outros.

SLA (Service Level Agreement) é o conjunto de regras relacionadas ao nível de serviço, disponibilidade e qualidade do serviço. Dessa forma, os clientes de TI terão uma ideia clara do que podem esperar nessa área.

5. Indicadores de desempenho

Como saber se todos os tópicos citados estão realmente trazendo resultados? Por meio do monitoramento com indicadores chave de desempenho (KPIs).

Existem alguns indicadores que são cruciais para medir os benefícios de forma eficaz, como:

  • Porcentagem de tempo que a TI usa para desenvolver novos projetos;
  • Número de projetos de TI que tiveram seus benefícios comprovados;
  • Nível de qualidade dos serviços;
  • Retorno sobre o investimento (ROI);
  • Net Promoter Score (NPS).

Diferenciais da governança de TI para o negócio

A governança de TI traz grandes mudanças para o negócio, mas também proporciona muitos benefícios, tais como:

Mapeamento e gestão de riscos

 O controle de riscos não é automático, por isso deve ser estudado em um ambiente de trabalho onde um processo padrão replicável foi implementado. A governança de TI ajuda a rastrear riscos em um ambiente de experimento controlado.

Conformidade

Os procedimentos da governança de TI certificam que a empresa está cumprindo os regulamentos, normas, políticas e leis. Desse modo, você garante compliance e reduz o nível de exposição aos riscos.

Minimização de riscos

A partir da identificação dos riscos,  é possível criar rotinas preventivas mais eficazes e inteligentes, evitando possíveis problemas.

Melhoria contínua

A partir da análise de desempenho do time de TI, orientada por indicadores, a empresa pode otimizar seus processos continuamente, garantindo mais agilidade e eficiência nas entregas

Transparência

A governança de TI favorece o alinhamento do departamento de TI com os objetivos gerais de negócios da empresa, para que eles possam priorizar melhor seus projetos. Além disso, colaboradores de todas as áreas podem compreender como as rotinas estão estruturadas, bem como conhecer seus objetivos e normas.

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Como vimos até aqui, se bem explorada, a governança de TI pode se tornar uma vantagem competitiva para as companhias. Isso porque permite que as empresas explorem ao máximo seus recursos de TI, gerando valor para os negócios. 

Se você se interessou pela governança de TI e gostaria de implementá-la em seu negócio, conte com a Ingram Micro! Confira nosso portfólio e veja como dar este próximo passo! 

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Alexandre Nakano

Alexandre Nakano

Diretor de Segurança e Networking da Ingram Micro Brasil. A frente da diretoria de novos negócios para a área de Enterprise, Colaboração e Cybersec na Ingram Micro Brasil, possui mais de 20 anos no mercado de tecnologia e esteve sempre em cargos de gestão e direção de vendas em grandes empresas do setor de TI. Tem, em seu currículo, passagem por empresas como Cisco Systems, Cyclades/Avocent, Westcon/Comstor e Scansource/Network1. Além da experiência profissional, traz na bagagem acadêmica dois MBAs executivos, o primeiro em gestão corporativa pela FGV, o segundo em finanças, pelo Insper, além da graduação em Engenharia Eletrônica.