Dentre as várias estratégias relevantes para uma companhia, a tecnologia da informação é uma das principais. Afinal, principalmente em tempos de transformação digital investir nas soluções certas é fundamental para se manter competitivo no mercado. Daí a importância da arquitetura de TI.

Trata-se de uma competência do setor que visa garantir o atendimento às demandas corporativas relacionadas aos processos e às soluções tecnológicas. O objetivo é assegurar  a conformidade e o alinhamento com os objetivos estratégicos do negócio, para que a área de TI contribua com  o crescimento constante da companhia.

Na prática,o arquiteto de TI trabalha orientado pelos requisitos da organização ajudando a definir como as informações, os negócios e a tecnologia fluem juntos. A arquitetura de TI faz parte da estratégia das empresas que estão tentando acompanhar as novas tecnologias, como computação em nuvem, RPA, Internet das Coisas (IoT), aprendizado de máquina (machine learning)  e outras tendências emergentes que levarão à transformação digital.

Neste contexto, a arquitetura de TI é indispensável para assegurar à companhia condições de aumentar seu potencial competitivo explorando o melhor da tecnologia. Para tanto, o arquiteto de TI exerce um papel fundamental.

Continue lendo o artigo e saiba mais sobre o tema! 

O que é arquitetura de TI?

A arquitetura de TI consiste na prática de analisar, projetar, planejar, desenvolver, implementar e monitorar soluções tecnológica, considerando as demandas corporativas essenciais para o sucesso do negócio. 

Desse modo, a arquitetura de TI provê uma série de soluções diferentes, como implantação de software e manipulação de dados estruturados. 

Sendo assim, essa é a área que ajuda as empresas na definição de projetos e políticas de TI necessários para alcançar os resultados corporativos desejados. Ao investir em arquitetura de TI, a companhia consegue acompanhar as principais tendências  disruptivas do setor, potencializando a transformação digital e aumentando sua competitividade no mercado. 

Arquiteto de TI: qual o papel e o compromisso dele?

O arquiteto de TI não é apenas mais um na empresa, veja o papel dele.

Dentro de uma estratégia de arquitetura de TI, o arquiteto de TI analisa o ambiente tecnológico da empresa. O seu desafio é tomar como ponto de partida o planejamento da organização e o investimento definido e, a partir daí, mapear e propor melhorias para o setor e a infraestrutura de tecnologia da informação. 

Na prática, o arquiteto de TI é o profissional responsável pelo desenvolvimento e monitoramento da infraestrutura de tecnologia da informação. Cabe a ele oferecer suporte às demandas de TI da companhia. 

Portanto, o desenvolvimento de uma arquitetura de TI vai muito além do desenho e da tecnologia da informação no contexto da empresa. Antes disso, o arquiteto de TI deve conhecer o propósito, a visão e os interesses da organização. Com essa compreensão, o seu papel é entregar tecnologia de ponta, contribuindo para o alcance dos objetivos definidos. 

Por isso, o profissional deve mapear quais soluções tecnológicas atendem aos requisitos necessários da organização e definir quais serão implementadas, 

respeitando limite de recursos disponível.

Em suma, o desafio maior do arquiteto de TI é fazer com que a tecnologia e a maturidade de negócio andem lado a lado, em uma estratégia consistente de crescimento. 

Desafios do arquiteto de TI

O papel desempenhado pelo arquiteto de TI já é indispensável para organizações que priorizam o investimento em tecnologia. 

Mas, afinal, quais são as atribuições desse profissional? 

Como ele deve desenvolver o seu trabalho para escolher os melhores ativos em TI e potencializar o desempenho do negócio?

Veja, a seguir, 4 atribuições, que também podem ser vistas como desafios, do arquiteto de TI. Elas respondem às questões colocadas.

  • Gestão de sistemas legados: saber como explorar sistemas já usados e conseguir aproveitá-los, conectando-os às tecnologias atuais;
  • Conhecimento e aplicação de soluções: acompanhar as tendências e  conhecer as diferentes tecnologias, para saber como e quando incorporá-las à estratégia de TI;
  • Foco na colaboração e na comunicação: a empresa é formada por pessoas e precisa ser vista como tal. Um arquiteto de TI comunicativo, que sabe se relacionar com os colegas, conseguirá extrair os dados que precisa para saber exatamente como aprimorar infraestrutura de TI;
  • Domínio do modelo de negócio: conhecer em profundidade o modelo de negócio da companhia. Só assim o arquiteto de TI poderá entregar as soluções tecnológicas adequadas para a realidade corporativa.

Como o arquiteto de TI trabalha?

Para executar seu trabalho, o arquiteto de TI se baseia em uma série de processos relevantes para o desenho da arquitetura de TI. 

Veja as principais tarefas desempenhadas por esse profissional:

  1. Fazer uma análise das demandas e exigências da empresa e do negócio. A arquitetura de TI precisa levar em conta os objetivos da companhia. Por isso, é fundamental que o arquiteto de TI saiba alinhar o negócio às tecnologias disponíveis, elaborando uma arquitetura consistente e eficaz.
  2. Selecionar e aplicar as ferramentas: sabendo o que a empresa precisa na sua arquitetura de TI, o profissional tem o desafio de buscar as ferramentas ideais para a organização. Aqui, é importante ter clareza sobre o investimento definido para o projeto. 
  3. Testar as soluções tecnológicas escolhidas: uma vez selecionadas, as ferramentas, é hora de testá-las na prática antes de incorporá-las à arquitetura de TI da organização. 
  4. Acompanhar tendências e melhorar a performance: conhecer as novidades do mercado, buscando adotá-las na arquitetura de TI é essencial para a melhoria contínua. A gestão pode ser feita com o auxílio de um framework como o COBIT.

Afinal, porque investir em arquitetura de TI para fortalecer o negócio?

Assim como outras estratégias, investir em arquitetura de TI pode melhorar seu negócio

A complexidade da gestão de processos está presente em qualquer negócio em crescimento. As empresas inovam, criam novas linhas de negócios e produtos e expandem sua presença para outros mercados. Com isso, os processos se multiplicam e a eficácia da gestão pode ser comprometida. 

Especialmente na área de TI, responsável pela digitalização desses processos, o gerenciamento da infraestrutura pode se tornar complexo. Isso porque, geralmente, sistemas legados antigos precisam dialogar com novos aplicativos para dar suporte às necessidades dos negócios. 

Com o tempo, essa complexidade pode prejudicar o fluxo de processos e a coerência do projeto de arquitetura de TI. Sabendo disso, à medida que o volume de novos sistemas aumenta, o arquiteto de TI precisa desenhar um novo ambiente em resposta às demandas que surgem. 

Quando as organizações deixam de gerenciar a mudança da infraestrutura de TI, essa complexidade pode gerar uma série de problemas, como ineficiência, baixo desempenho, perda de dados, insatisfação de clientes e downtimes de sistema. 

Para evitar esse cenário complexo na sua organização, é preciso investir em uma estrutura adequada para gerenciar a arquitetura de TI e garantir que os negócios e a TI estejam bem alinhados. 

Vale destacar que, para corrigir problemas de arquitetura de TI, é preciso ter um líder arquiteto de TI à frente do projeto. Ele deve ter conhecimento técnico, sim, mas, acima de tudo, precisa ser um líder influente, orientando o time no programa de mudança em toda a empresa.

Um vínculo fraco do arquiteto de TI com os negócios limita a qualidade da arquitetura de TI, bem como a capacidade da organização de aplicar e manter os benefícios da implementação ao longo do tempo. 

Case de sucesso: banco de investimento reorganizou o negócio com arquitetura de TI

De acordo com artigo da McKinsey, a arquitetura de TI permitiu a um banco de investimento global diversificado gerenciar com sucesso um ambiente de TI pesado. 

Na realidade da instituição financeira, uma série de eventos, como aquisições, expansão internacional e novos produtos, criou uma rede de sistemas mal integrados e, em alguns casos, redundantes ao longo dos anos. 

Diante da ausência de uma arquitetura de TI bem desenvolvida, o problema se agravou e o banco passou a ter diversos padrões de tecnologia em toda a empresa.

Cada grande linha de negócios operava de forma mais ou menos autônoma e via suas necessidades de TI como especializadas. Até mesmo áreas como RH e finanças conduziam seus fluxos de processos de maneira independente. 

Como resultado, o banco estava com sua estrutura particionada, com colaboradores que não interagiam com colegas de outros setores. A divisão de banco de investimento, por exemplo, tinha pouco em comum com outras unidades em suas atividades principais, como liquidação de títulos e transações online.  

Além disso, a demanda por desenvolvimento de aplicativos customizados crescia e a complexidade da estrutura de TI só aumentava. 

Por fim, para descomplicar e integrar o banco novamente, a instituição financeira investiu em arquitetura de TI. Essa foi a melhor estratégia para agilizar, simplificar e padronizar a TI global. O início do projeto foi difícil, com uma abordagem excessivamente técnica que parecia desalinhada dos objetivos de negócios. 

Para otimizar a jornada de construção da arquitetura de TI, o banco fez uma série de reformas orientado por três diretrizes. São elas: 

Convoque o time e defina um líder: juntas e sob o comando de um líder arquiteto de TI, equipes de arquitetura de todas as unidades de negócios desenvolveram uma estratégia capaz de atender às necessidades locais, mas que também foi aplicada como uma solução ideal para toda a empresa.

Coloque os recursos de negócios no centro da estratégia: o histórico de fusões do banco formou uma estrutura que abrangia culturas corporativas muito diferentes e um portfólio de recursos de TI independentes. Por isso, o objetivo central do projeto foi unificar e melhorar a arquitetura de TI da instituição financeira.

Faça uma mudança sustentável: a arquitetura de TI começa pela conscientização da equipe. Os profissionais precisam compreender a importância do projeto e os impactos que ele pode gerar. Ao simplificar os processos e engajar o time, você cria um senso de propriedade do negócio.

Dessa maneira, o banco migrou de um cenário com mais de arquitetura fragmentada com mais de 200 sistemas de pagamento diferentes para um ambiente de TI mais simples e integrado. 

A arquitetura de TI na Ingram Micro Brasil

A Ingram Micro Brasil possui um time completo de arquitetos (ARS) e especialistas em tecnologia com foco em ajudar os parceiros a se desenvolver e ajudá-los na escolha da melhor solução integrada para atender a necessidade do cliente final.

O escopo de atuação do time de arquitetos da Ingram Micro tem como principais pilares: pessoas, processos, ferramentas, produtos, tecnologias, verticais de indústria e soluções.

A arquitetura de TI pode fazer muito pela sua companhia, potencializando a jornada de transformação digital e inovação. Priorize essa abordagem e obtenha os benefícios desse modelo. Quer saber mais? Entre em contato com nossa equipe!

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Gilberto Ventura

Gilberto Ventura

Com 28 anos de experiência na área de TI, Gilberto Ventura é o Head de Arquitetura de Soluções e Serviços da Ingram Micro. O executivo é formado pela Universidade de São Paulo (USP), com bacharelado em Estatística, cursou especialização em Redes de Computadores na Escola Politécnica EPUSP-LARC e possui MBA em Gestão do Conhecimento, Tecnologia e Inovação (FEA). Desde 2017 Ventura lidera a área técnica da Ingram Micro que suporta fabricantes, revendas e clientes finais na arquitetura de soluções e serviços para todas as verticais de produtos da Ingram Micro. O profissional possui uma sólida carreira no setor tendo atuado em empresas como Dedalus, Telesul e Verint.