Você já se perguntou para que serve o firewall? Ele é um dispositivo de segurança em rede, com a função de monitorar, permitir e bloquear qualquer tipo de tráfego de entrada ou saída. Por isso, tem um papel fundamental na segurança da rede há mais de duas décadas.

Para se ter uma ideia da importância de sua atuação, estima-se que, somente no ano de 2021, o Brasil sofreu mais de 88,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos — cerca de 950% a mais que no ano de 2020. Em 2024, o país segue como o segundo país mais atacado do mundo!

Para entender para que serve o firewall, quais seus principais tipos e a importância de sua atuação na proteção de dados, continue a leitura e anote nossas dicas!

O que é um firewall?

Um firewall (ou Parede de Fogo em tradução livre) é um sistema de proteção em rede, responsável por filtrar o acesso de dispositivos a conteúdos maliciosos, como acessos não autorizados e ataques cibernéticos. Ele gerencia o tráfego de entrada e saída, permitindo apenas conexões confiáveis e bloqueando aquelas consideradas perigosas.

O que o firewall protege?

Se você está se perguntando para que serve o firewall, deve saber que esse tipo de recurso de segurança é essencial para uma vasta gama de ações online.

O firewall atua na primeira linha de defesa de redes, dispositivos e dados, impedindo acessos não autorizados, tráfego  de softwares maliciosos e o vazamento de informações. Por isso, qualquer dispositivo com acesso à rede pode contar com sua proteção.

Se você veio até aqui se perguntando para que serve o firewall, deve ter percebido que sua atuação é bastante ampla. Nos parágrafos seguintes, explicamos melhor sobre cada um dos seus tipos.

Qual a importância de um firewall?

O firewall é de extrema importância para proteger contra ataques cibernéticos, garantir a privacidade dos dados e das atividades online, assim como manter a confiabilidade da rede. Por isso, seja para a proteção de redes domésticas, públicas ou de organizações, sua atuação na segurança é fundamental.

Quais os tipos de firewall?

Os principais tipos de firewall são o Firewall de Filtragem de Pacotes, Firewall de Estado, Firewall de Proxy, Firewall de Aplicativo e Firewall de Próxima Geração (NGFW). Decidir entre eles depende das necessidades específicas de cada pessoa ou organização, assim como do nível de segurança desejado para a rede. 

Nos próximos tópicos, explicamos melhor sobre cada tipo:

1. Firewall de Filtragem de Pacote de Dados

Se você busca entender para que serve o firewall, deve saber que o firewall de Filtragem de Pacotes analisa os cabeçalhos dos pacotes de dados (como endereço de origem e destino, tipo de protocolo e porta), para decidir se os deixa passar ou bloquear. Ele é simples, mas oferece uma proteção significativa para grande parte dos contextos.

Sua importância se dá porque esses “pacotes de dados” contém informações como endereço de IP, destino e tipo de serviço, por exemplo, que são analisadas pelo firewall conforme as regras já preestabelecidas. 

Para que serve o Firewall de Filtragem de Pacote de Dados?

O Firewall de Filtragem de Pacote de dados atua diretamente na autorização de acessos, controle e interceptação de dados e bloqueio de malwares. Veja mais detalhes sobre essa atuação:

  • Acessos não autorizados: pacotes provenientes de IPs desconhecidos,por exemplo, ou que tentam acessar serviços sem permissão são bloqueados;
  • Dados confidenciais: ele protege pacotes que contêm dados confidenciais e impede seu envio indevido;
  • Malware: bloqueia pacotes que contém malwares ou outros softwares maliciosos, colaborando efetivamente com a segurança da rede.

2. Firewall de Estado

Se você quer entender melhor para que serve o firewall, deve conhecer o Firewall de Estado — responsável por proteger endereços de IP, portas de comunicação e sequências de pacotes.

O Firewall de Estado monitora o estado das conexões (estabelecidas, em andamento e encerradas) para permitir ou bloquear o tráfego. Ele é mais inteligente que o firewall de filtragem de pacotes, pois leva em conta o contexto da conexão. Por isso, é recomendado para redes com maior volume de tráfego e maior necessidade de segurança.

Para que serve o Firewall de Estado?

Se você busca entender para que serve o firewall, deve saber que o Firewall de Estado funciona protegendo endereços de IP, portas de comunicação, sequências de pacotes e estados de conexão. Veja:

  • Endereços IP de origem e destino: rastreando a origem e o destino de cada pacote, ele atua identificando conexões legítimas e bloqueando tentativas de acesso não autorizadas;
  • Portas de comunicação: monitora as portas utilizadas em cada conexão, garantindo que apenas os protocolos e serviços permitidos trafeguem pela rede;
  • Sequência de pacotes: Analisando a ordem e a sequência de cada pacote e bloqueando tentativas de manipulação de dados (como ataques de retransmissão TCP e SYN flooding, por exemplo);

Estados de conexão: ele diferencia conexões estabelecidas, em andamento e encerradas, permitindo o tráfego relacionado a cada estado de forma distinta. Um exemplo é o bloqueio de pacotes SYN (solicitação de conexão) para serviços indisponíveis ou já conectados.

3. Firewall de proxy 

Se você quer saber para que serve o firewall, deve entender que o Firewall de Proxy é o responsável por ocultar os endereços IP dos dispositivos e redirecionar o tráfego para um servidor intermediário. Dessa forma, ele mascara sua identidade na rede e protege-a contra ataques diretos. 

Para que serve o Firewall de Proxy?

Na prática, o funcionamento do Firewall de Proxy se dá ocultando IPs, filtrando conteúdo acessado, controlando o acesso de maneira granular e armazenando cache de páginas e arquivos frequentes. Funciona assim:

  • Ocultação de IP: ele esconde o real endereço de IP através de um servidor proxy, dificultando o rastreamento de atividades online por terceiros;
  • Filtragem de conteúdo: ele pode ser configurado para bloquear sites maliciosos ou conteúdo inadequado, protegendo os dispositivos contra riscos em potencial;
  • Controle de acesso granular: o proxy permite a definição de regras de acesso detalhadas, negando o acesso a sites e serviços específicos com base em critérios como horário, tipo de usuário ou dispositivo em questão;
  • Cache de conteúdo: por armazenar cópias de páginas da web e arquivos de acesso frequente, ele reduz o tempo de carregamento e otimiza o uso da largura de banda — principalmente para sites com acesso mais frequente.

4. Firewall de Aplicativo

Entendendo para que serve o firewall, é possível compreender a importância do Firewall de Aplicativo para a segurança em diversos setores.

O Firewall de Aplicativo controla o alcance de aplicativos específicos, permitindo apenas acessos autorizados. Ele é ideal para ambientes corporativos que precisam restringir o uso de apps por motivos de segurança ou produtividade, por exemplo, colocando em prática as  regras definidas para específicas para cada contexto.

Diferentemente dos firewalls tradicionais citados acima, o de Aplicativo atua na camada de aplicação — monitorando e controlando o tráfego de acordo com o tipo de aplicativo utilizado.

Para que serve o Firewall de Aplicativo?

O Firewall de Aplicativo funciona identificando apps em uso com precisão, permitindo e negando o tráfego de usuários, aplicando regras específicas de acesso e sincronizando essas regras com Diretórios Ativos. Veja:

  • Identificação de Aplicativos: ele emprega técnicas de Deep Packet Inspection (DPI) para analisar o conteúdo de cada pacote, identificando o aplicativo em uso instantaneamente. Isso ajuda a assegurar que o dispositivo não está em contato com softwares maliciosos ou não autorizados, por exemplo;
  • Controle Granular de Acesso: no Proxy de Aplicação, regras de acesso detalhadas são definidas para cada aplicativo, permitindo ou negando o acesso com base em critérios como o tipo de usuário, grupos de usuários, horário, dia da semana e localização;
  • Integração com Diretórios Ativos: sincronizando as regras de acesso estabelecidas com diretórios ativos, como Active Directory ou LDAP. Dessa forma, o gerenciamento de permissões é automatizado e garante-se que as regras estejam sempre atualizadas. 

5. Firewall de Próxima Geração (NGFW)

O Firewall de Próxima Geração é robusto, combinando as funcionalidades dos outros tipos de firewalls com recursos avançados (antivírus, antispam, inspeção de intrusão). Ele é ideal para bancos, por exemplo, ou mesmo órgãos governamentais, pois oferece a mais alta proteção contra diversos tipos de ameaças, incluindo malwares, ataques diretos e tentativas de invasão.

Qual o melhor firewall para meu negócio?

Compreendendo para que serve o firewall em seu negócio, é importante escolher de acordo com as necessidades específicas de cada contexto!

Se você busca entender para que serve o firewall e qual de seus tipos é melhor para seu negócio, será necessário fazer um levantamento dos dispositivos a serem protegidos, entender como a rede é utilizada e o desempenho necessário. Na hora da escolha, considere pontos como:

  • Velocidade no processamento de dados;
  • Facilidade no gerenciamento;
  • Escalabilidade;
  • Suporte técnico;
  • Integração com demais ferramentas de segurança.

Como a Ingram te ajuda com a segurança de dados?

Agora que você já sabe para que serve o firewall, seus principais tipos e importância para a proteção de redes, dispositivos e dados, que tal conhecer as soluções da Ingram Micro? Pensando em manter seus aparelhos seguros, oferecemos as melhores soluções para a proteção de rede, em parceria com os maiores players do mercado. Contate um dos nossos especialistas e descubra qual a melhor solução para sua empresa!

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Alexandre Nakano

Alexandre Nakano

Diretor de Segurança e Networking da Ingram Micro Brasil. A frente da diretoria de novos negócios para a área de Enterprise, Colaboração e Cybersec na Ingram Micro Brasil, possui mais de 20 anos no mercado de tecnologia e esteve sempre em cargos de gestão e direção de vendas em grandes empresas do setor de TI. Tem, em seu currículo, passagem por empresas como Cisco Systems, Cyclades/Avocent, Westcon/Comstor e Scansource/Network1. Além da experiência profissional, traz na bagagem acadêmica dois MBAs executivos, o primeiro em gestão corporativa pela FGV, o segundo em finanças, pelo Insper, além da graduação em Engenharia Eletrônica.