Remote everything: a revolução do teletrabalho
Ao longo de 2020, com o avanço da pandemia causada pelo SARS-CoV-2, muitas mudanças que estavam em curso na sociedade foram aceleradas. Da noite para o dia, empresas redesenharam seus modelos de negócios, definindo novas práticas de gestão e adotando modelos de venda e de atendimento diferenciados. Nos mais diversos setores, tudo passou a ocorrer na esfera online, e até mesmo o trabalho, se tornou um teletrabalho.
Assim, a rotina de trabalho dos colaboradores foi repensada. Para atender às orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda o isolamento e o distanciamento social como medidas de prevenção ao coronavírus, gestores de companhias de vários segmentos optaram por migrar sua operação para a modalidade de trabalho remoto.
Na prática, essa reorganização das empresas foi facilitada pela adoção e implementação de tendências que até pouco tempo pareciam futuristas. Nas companhias, o teletrabalho ganha cada dia mais espaço e mostra que veio para ficar, se consolidando no mercado.
Outro conceito que desponta com força é a “deslugarização”. Afinal, com o amplo uso dos smartphones e acesso à internet, em qualquer lugar, os profissionais e estudantes ganham mobilidade e podem fazer suas entregas remotamente, sem dificuldade.
Neste artigo, abordamos o conceito e os benefícios do remote everything, principalmente quando aplicado ao teletrabalho. De outro modo, também aprofundamos o conceito de “deslugarização”. Continue lendo o artigo e entenda essas mudanças!
Como funciona o teletrabalho?
O teletrabalho funciona com o desempenho de tarefas e a administração de processos de maneira remota pelo profissional responsável. Mesmo antes da pandemia, a adesão das pequenas, médias e grandes empresas ao teletrabalho já registrava um ritmo de crescimento constante, que agora se tornou exponencial.
Tanto é verdade que, de acordo com dados do relatório anual da Gallup, The State of the American Workplace, em 2017 43% dos profissionais dos EUA trabalhavam remotamente em alguma função pelo menos uma vez por semana.
A popularidade do trabalho remoto tem razão de ser. Isso porquê, se bem planejado e gerenciado com sucesso, o modelo é uma oportunidade da organização estabelecer uma relação de confiança com os colaboradores, ganhando, assim, o aumento de performance e da produtividade tanto individual, quanto coletiva.
O teletrabalho é uma prática de gestão estratégica de talentos que melhora a atração, o engajamento e a retenção dos profissionais, ao mesmo tempo que gera redução de custos para a empresa. |
Mas, afinal, qual a melhor definição para o conceito de teletrabalho? Essa é a modalidade de entrega que oferece maior flexibilidade de trabalho para o funcionário. Assim, o colaborador pode desempenhar as funções e responsabilidades do seu cargo mesmo se não estiver na sede física da empresa.
O relatório do Gallup mostrou, ainda, que o nível de engajamento dos profissionais era maior entre aqueles que passavam de 60% a 80% da semana – de três a quatro dias – trabalhando em casa.
Com base nesses números e em experiências práticas, muitos empregadores estão concluindo que dois a três dias por semana fora do escritório é o “ideal”. Dessa maneira, é possível manter o equilíbrio entre a leveza da rotina fora do escritório e as atividades internas que exigem maior nível de foco e concentração.
O conceito de remote everything está transformando nosso cotidiano!
As mudanças aceleradas pela pandemia já são objeto de estudo de organizações como a White Rabbit, responsável por uma pesquisa intitulada “AC/DC – Mundo Pós-Covid”. No estudo, um dos conceitos que se destaca é o remote everything. Na prática, todas as atividades que puderem ser realizadas remotamente, certamente serão.
Em síntese, tudo que puder ser deslugarizado, será conduzido desta forma: à distância sem a obrigatoriedade da presença física. Neste cenário, a cultura do trabalho remoto , que já existia e vinha crescendo em um ritmo constante, ganha vez em diferentes áreas, inclusive na saúde.
Diante da pandemia, os médicos passaram a atender os seus pacientes virtualmente usando a telemedicina. Quer ver um exemplo?
Aqui no Brasil, a Unimed-BH oferece a opção de consulta on-line para os seus clientes. Além disso, a unidade cedeu a tecnologia para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) da capital mineira, cadastrados em centros de saúde. O atendimento, para quem suspeita de estar contaminado pela COVID-19, é feito pelo site de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
Além do teletrabalho, é possível observar outras tendências, como uma nova convivência digital. Uma vez isoladas, para evitar a contaminação, muitas pessoas têm uma presença ainda mais ativa nas redes sociais. Elas participam de cibercomunidades, compartilham vivências on-line e consomem entretenimento em tempo real. Para muitos, essa é a maneira mais segura e acessível de se conectar com o mundo.
O conceito de remote everything apenas confirma uma percepção que a maioria das pessoas já têm: o mundo já é bem diferente hoje e nada será como antes. |
As medidas de isolamento social e o remote everything
A pandemia da Covid-19 impulsiona a transformação digital nas empresas de vários setores. Na prática, esse episódio tem sido um grande catalisador de uma série de mudanças e inovações.
As companhias vêm buscando investir em várias frentes, para manter o potencial competitivo, bem como a lucratividade e a sustentabilidade financeira. Com o remote everything, a cultura corporativa global tem sido alterada.
As empresas investem em tecnologia, redesenham rotinas e adotam o teletrabalho, construindo um ambiente de confiança e transparência nas relações empresariais.
Remote everything e teletrabalho:
No atual momento, é possível observar o esforço das companhias para se adequarem às exigências do “novo normal”. Com o movimento de adesão ao home-office também é possível observar uma série de mudanças relevantes. Veja algumas delas:
- Aceleração no desenvolvimento e na adoção de tecnologias;
- Aprendizado em massa que potencializa mudanças de hábitos;
- Uso de realidade virtual (VR) pode “encurtar” a distância entre usuários, preenchendo o vazio da sensorialidade da experiência física;
- Inclusão de profissionais que antes não poderiam ser integrados ao time por conta de limitações geográficas;
- Redesenho de modelos de negócios de várias empresas que, em outro momento, cogitaram a digitalização dos processos para o futuro.
O teletrabalho e o remote everything nos proporcionam mais uma experiência dinâmica que altera nossa percepção de lugar e, também, o relacionamento com os processos e funções realizadas na vida profissional. Vamos entender o que é a “deslugarização”, portanto?
O que é deslugarização e como ela afeta o teletrabalho?
Ao pensar na ‘deslugarização’ tenha em mente que ela será um dos padrões do novo normal. Isso porque tudo que puder ser realizado remotamente, certamente será. Assim, esse conceito é vivenciado na prática a partir do momento que os profissionais passam a explorar remotamente os serviços corporativos.
Com acesso à internet e um software de gestão completo, os usuários possuem os recursos necessários para cumprir as metas e objetivos independentemente do local onde estão.
E sabe o que é melhor? Para ter a estrutura da empresa em remote everything não será preciso montar e sustentar uma estrutura física gigantesca com custo fixo. Despesas recorrentes, como taxas mensais de aluguel de espaço comercial, podem ser eliminadas ou pelo menos, reduzidas com a implementação do teletrabalho.
A qualidade das entregas realizadas remotamente, ou seja, de maneira virtual pode ser, inclusive, superior ao trabalho presencial.
A tecnologia como facilitadora da ‘deslugarização”
Fazer entregas desse modo, isto é, a partir de qualquer lugar com conexão à internet só é possível graças ao amplo investimento em tecnologia e na inovação disruptiva.
Cada vez mais, as companhias priorizam a aquisição ou contratação de ferramentas poderosas, que sejam capazes de garantir a estabilidade dos serviços e alta disponibilidade dos dados.
Além disso, a deslugarização também é facilitada pelo redesenho do fluxo de processos e de entregas. Com o uso de tecnologia de ponta, a companhia oferece os recursos necessários para que os colaboradores consigam trabalhar a partir de qualquer lugar, com precisão e agilidade.
As ferramentas proporcionam ainda a integração entre os membros do time e a comunicação fluida e eficaz mesmo com o modelo de trabalho remoto.
Deslugarização e o teletrabalho: benefícios e oportunidades
A deslugarização e o teletrabalho, de fato, passaram a ser parte da estratégia das empresas a partir do cenário configurado pela pandemia. É isso o que aponta a pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral, em parceria com a consultoria de recrutamento Talenses.
Desde o início da pandemia, o número de colaboradores trabalhando em home-office aumentou de 22% para 70%. |
Além disso, 72% dos entrevistados relataram que as empresas nas quais trabalham não encontraram dificuldades em implementar a modalidade. 58% deles acreditam que, mesmo com o fim da pandemia, o home-office deve permanecer parcialmente na rotina das companhias.
Na prática, com a deslugarização e o teletrabalho, tanto os profissionais quanto as empresas experimentam uma série de benefícios. Veja alguns deles:
Satisfação e retenção de talentos
Quando em home-office, os colaboradores relatam mais satisfação no trabalho e mantêm níveis mais altos de engajamento. Eles também são mais leais. Ou seja, a probabilidade de deixarem a organização atual é menor.
Equilíbrio entre vida pessoal e profissional
O teletrabalho permite que os profissionais tenham mais tempo com a família. Afinal, eles não precisam perder horas no trânsito e podem fazer as refeições em casa. Desse modo, o trabalho remoto proporciona bem-estar e ganho de qualidade de vida.
Recrutamento de profissionais destaque
Com o trabalho remoto, os empregadores têm mais chances de recrutar e reter os melhores talentos. Profissionais com conjuntos de habilidades cada vez mais escassos são mais propensos a aceitar propostas de trabalho que ofereçam os benefícios do home-office.
De acordo com o relatório Gallup, “o local de trabalho está mudando a uma velocidade sem precedentes”.
Com o remote everything e o processo de deslugarização do ambiente, as organizações estão sendo forçadas a revisar e repensar a forma ideal de gerenciar a rotina do time e otimizar o desempenho dos profissionais. Mesmo no mundo pós-pandemia, a projeção aponta que o teletrabalho deve manter seu papel estratégico em alguma medida.
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