A tecnologia na saúde como instrumento de transformação
Para tecnologia na saúde, mais especificamente para medicina, um gêmeo digital é uma réplica, feita quase em tempo real, de algo no mundo físico. Ela pode ser baseada em dados coletados ao longo da vida de um indivíduo, ou, então, em resultados de exames realizados no decorrer dos anos.
Na prática, é uma inovação com potencial de orientar o médico na escolha do melhor tratamento. Com os gêmeos digitais, os cuidados são centrados em cada indivíduo e, por isso, tendem a ser mais eficazes.
Esse é só um dos mais recentes exemplos da tecnologia na saúde, e a transformação digital está acelerando o ritmo de avanço da medicina.
Aliás, o setor nunca parou de evoluir. Basta observar a quantidade de vacinas, antibióticos, próteses, marcapassos, transplantes e exames que os pacientes têm acesso hoje. Se não fossem essas inovações, muitas doenças ainda seriam incuráveis.
Agora, com o rápido avanço da tecnologia na saúde, é possível ir muito além. Ferramentas disruptivas como inteligência artificial, Big Data e softwares médicos têm sido amplamente usados na medicina. Eles asseguram uma série de benefícios: da rapidez no diagnóstico e tratamento de doenças até a melhoria da qualidade de saúde e de vida das pessoas.
As novas ferramentas têm potencial transformador. Quer saber como elas têm sido aplicadas na saúde? Continue com a leitura.
Tecnologia na saúde e a Telemedicina
Com o avanço de tecnologias como a internet 5G e a popularização dos dispositivos móveis, a tendência é que a telemedicina se confirme cada vez mais uma realidade.
Vale destacar que a proposta não é, de maneira alguma, substituir uma consulta médica presencial por uma versão à distância. A ferramenta tem como objetivo agilizar o procedimento e filtrar quais casos necessitam de abordagens específicas.
Com o avanço da pandemia da Covid-19, essa modalidade ganhou propulsão e passou a ser amplamente utilizada. Diante do isolamento social, a telemedicina apareceu como uma alternativa mais viável por conta dos riscos de contaminação.
De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto de Política e Inovação de Saúde da Universidade de Michigan, o uso da modalidade por pacientes com idade entre 50 e 80 anos cresceu 4% em maio de 2019, saltando para 26% entre março e junho de 2020.
O estudo da Change Healthcare e a Harris Poll indica que a tendência veio para ficar. Nos Estados Unidos, 80% dos entrevistados afirma que pandemia tornou a telessaúde uma parte indispensável do sistema de saúde.
Além disso, 3 em cada 4 consumidores acreditam que a telemedicina é o futuro da saúde. Na prática, 65% pretendem usar telessaúde com mais frequência do que antes da pandemia.
É importante compreender a telemedicina como uma evolução natural dos cuidados de saúde facilitada pelo digital. São vários os benefícios da modalidade:
- Democratização do acesso à saúde;
- Mais agilidade e assertividade nos diagnósticos;
- Atendimento ao pacientes em tempo real;
- Redução de custo.
Wearables
Também conhecidos como dispositivos vestíveis inteligentes, os wearables
são capazes de monitorar sinais vitais dos pacientes, como batimentos cardíacos e qualidade do sono. As informações extraídas pelo dispositivo são enviadas diretamente para um profissional de saúde ou estabelecimento médico.
O Apple Watch e o Smartwatch da Xiaomi, são exemplos de aparelhos vestíveis que ajudam os usuários a identificar e prevenir possíveis problemas. Muito além de ser usado como tecnologia na saúde, atualmente os wearables já fazem parte do dia dia das pessoas.
De acordo com uma pesquisa da Business Insider Intelligence, mais de 80% dos consumidores estão dispostos a usar tecnologia este tipo de dispositivo. A expectativa é que o uso aumente ainda mais nos próximos anos.
Além dos rastreadores de pulso e smartwatches, agora o mercado vê o surgimento dos biossensores vestíveis. O biossensor vestível da Philips é um autoadesivo que permite que os pacientes se movimentem enquanto coletam dados sobre seus movimentos, frequência cardíaca, frequência respiratória e temperatura.
De acordo com pesquisa do Augusta University Medical Center, o biossensor registrou uma redução de 89% no risco do paciente para parada cardíaca ou respiratória evitável.
O resultado confirma o potencial dos wearables tanto para melhorar os resultados do paciente quanto para reduzir a carga de trabalho da equipe.
A pesquisa estima um crescimento anual de 10% no uso de rastreadores de condicionamento físico e wearables para saúde nos EUA. Até 2023, serão mais de 120 milhões de usuários.
Tecnologia na saúde e robôs-cirurgiões em ação
Falar em robôs-cirurgiões à frente de procedimentos médicos parece futurista, mas essa não é uma tecnologia tão recente. Os primeiros estrearam em 1998, no Hospital Broussais, em Paris, realizando as primeiras cirurgias realizadas.
De lá para cá, a tecnologia na saúde avançou muito. Atualmente, além das cirurgias realizadas remotas por profissionais de saúde, as simulações de realidade virtual viabilizam o planejamento pré-operatório e o treinamento dos especialistas.
Segundo pesquisa da Nature Communications, os robôs-cirúrgicos têm potencial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e dos próprios médicos.
Na prática, as cirurgias robóticas são menos invasivas, reduzindo o trauma cirúrgico, o tempo de internação hospitalar e a dor do pós-operatório. É claro que todos esses benefícios aumentam a satisfação do paciente e as taxas de recuperação.
Na outra ponta, os médicos também são beneficiados com as facilidades no desenvolvimento e treinamento de novas habilidades.
Conforme estudo da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia, pesquisadores estão buscando tecnologia para ajudar a desconstruir as habilidades de cirurgia robótica dos cirurgiões.
O objetivo é criar uma maneira padronizada e objetiva de treinar a próxima geração de cirurgiões. A equipe conseguiu decodificar as habilidades cirúrgicas, desenvolver um sistema de classificação de gestos de agulhas e criar um tutorial de treinamento.
Big Data
A quantidade de dados coletados e armazenados é cada vez maior. O setor de saúde dispõem de várias fontes de informações. São registros hospitalares, prontuários eletrônicos de pacientes, resultados de exames médicos e dispositivos integrados à Internet das Coisas (IoT).
Contudo, eles dependem de uma análise eficaz para que façam sentido e possam ser usados como insumos para as novas estratégias de inovação na área da saúde. Esse é o papel do Big Data!
A ferramenta permite a análise de informações de forma rápida, identificando padrões e conexões de informação. Ao usar essa tecnologia na saúde, é possível obter uma série de vantagens. Veja duas delas:
- Precisão e agilidade no tratamento: o Big Data fornece dados para que os médicos consigam identificar padrões de comportamento dos pacientes, tornando o tratamento mais específico e assertivo;
- Redução de custos em pesquisa: com a tecnologia, é possível integrar sistemas das redes públicas e privadas, reunindo os prontuários de todos os pacientes em uma única plataforma. É a fonte mais confiável para pesquisas sobre a saúde de toda a população.
Nos Estados Unidos, o National Institutes of Health (NIH) anunciou recentemente a iniciativa “All of Us” que tem como objetivo coletar um milhão ou mais de dados de pacientes, como prontuários eletrônicos, imagens médicas, dados sócio-comportamentais e ambientais, nos próximos anos.
Vale destacar que a IoT é uma das principais fontes de dados clínicos na área da saúde. O desafio da medicina agora é convergir os conjuntos de dados biomoleculares e clínicos para ajudar a desvendar vários mecanismos de ação ou outros aspectos da biologia preditiva.
Usando os dados fornecidos por dispositivos IoT, como os wearables fitness, um médico pode medir e monitorar vários parâmetros do paciente mesmo se ele estiver em casa ou no escritório. Esse tipo de análise permite uma intervenção e tratamento precoce. De tal modo, o paciente pode não precisar de hospitalização, por exemplo, gerando redução de custos nas despesas de saúde.
Inteligência Artificial
Para completar a estratégia de tecnologia na saúde, a inteligência artificial (IA) tem o potencial de transformar a forma como o cuidado é prestado. A ferramenta promove melhorias nos cuidados e na experiência do paciente, ampliando o acesso aos serviços. Além disso, tende a aumentar a produtividade e a eficiência de prestação de cuidados, ampliando a capacidade dos sistemas de saúde.
Por fim, é uma ferramenta permite aos médicos passar mais tempo no atendimento direto ao paciente, acelerando o tempo de diagnóstico e reduzindo o burnout entre os profissionais.
A Inteligência Artificial (IA) é conhecida por sua capacidade de fazer com que as máquinas realizem tarefas associadas à inteligência humana, como a resolução de problemas. É o campo da ciência que desenvolve inteligência em mecanismos como softwares e robôs.
No setor de saúde, a tecnologia tem sido amplamente aplicada à medida que o aprendizado da máquina (machine learning) evolui. De acordo com dados da Business Insider Intelligence, os gastos com IA na saúde devem crescer a uma taxa anual de 48% entre 2017 e 2023.
Na prática, a inteligência artificial fornece suporte à decisão clínica baseada em dados para médicos e equipes de hospitais, abrindo caminho para um potencial de receita maior. Já o aprendizado de máquina, um subconjunto de IA projetado para identificar padrões, usa algoritmos e dados para fornecer insights automatizados aos provedores de saúde.
Na medicina, dois cases de IA são ótimas referências. O IBM Watson é capaz de direcionar tratamentos para pacientes com câncer. Já o aplicativo Healthcare do Google Cloud permite que as organizações de saúde coletem, armazenem e acessem dados relevantes para o atendimento e a gestão da saúde.
Em uma iniciativa conjunta, o Google trabalhou com a Universidade da Califórnia, a Universidade de Stanford e a Universidade de Chicago para gerar um sistema de IA que prevê os resultados das visitas ao hospital. Dessa maneira, torna-se possível prevenir readmissões e reduzir o tempo de internação dos pacientes.
Software médico: todas as informações de saúde em um só lugar
A relação entre médico e paciente exige um alto grau de confiança. Além disso, os dados sobre o histórico de saúde e doenças das pessoas são especiais. Por isso, é preciso que estejam sempre disponíveis, em um ambiente seguro capaz de manter a integridade e a confiabilidade das informações.
Neste contexto, os softwares médicos são uma das melhores soluções de tecnologia na saúde. Isso porque eles permitem que os profissionais de saúde centralizem os dados em uma plataforma segura.
Para completar, o sistema dispõe de uma série de funcionalidades que otimizam tempo e auxiliam na gestão dos processos de consultórios e hospitais, bem como na condução do tratamento.
Conheça alguns dos diferenciais de um software médico de qualidade:
- Armazenamento seguro em cloud computing: todos os dados são guardados na nuvem, e não em dispositivos físicos ou servidores. Dessa maneira, a perenidade das informações é garantida;
- Prontuário personalizável: o prontuário eletrônico pode ser completamente personalizado para cada paciente, tornando o atendimento mais ágil.
- Segurança garantida por criptografia em nível bancário: com a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), esse deixa de ser um diferencial e passa a ser requisito obrigatório em um bom sistema médico. A criptografia desta tipo impede que terceiros leiam ou capturem informações sensíveis do consultório e dos pacientes;
- Diferentes níveis de acesso: cada colaborador possui um usuário exclusivo, com login e senha. Dessa forma, os dados sigilosos dos pacientes são acessados apenas pelos profissionais autorizados.
- Equipe de suporte disponível: diante de qualquer problema com o software, o atendimento imediato faz toda diferença. Um bom sistema deve oferecer atendimento 24×7.
A revolução digital já chegou na medicina está acontecendo e as vantagens são muitas. A tecnologia na saúde tem potencial de oferecer mais qualidade para os profissionais do segmento e para as pessoas.
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