O movimento de transformação digital traz uma série de novas possibilidades, e são muitas as aplicações das diferentes tecnologias disruptivas. Cada vez mais, as soluções visam simplificar e otimizar o armazenamento seguro de dados — até mesmo porque o volume de informação gerada só aumenta. 

De acordo com a pesquisa divulgada pelo IDC Infobrief, intitulada Using Data Intelligently: Unification and Pipelining Patterns in the Digital Economy, a previsão é que até 2023 mais de 103 ZB de novos dados deverão ser criados.

Diante deste novo cenário, a pesquisa também aponta que 60% das empresas estão sendo desafiadas pela qualidade e complexidade dos dados. Afinal, é preciso viabilizar a integração e a gestão das informações com segurança e governança.

Para dar conta do desafio, as empresas precisam priorizar a estratégia de gestão de dados dentro do projeto de transformação digital. Contudo, para fazer isso é preciso investir em infraestrutura. 

As ferramentas de análise dos bancos de dados estão cada vez mais completas, sendo capazes de entregar, sozinhas, informações estratégicas para os gestores. Mas, para que isso seja possível, as empresas precisam manter uma infraestrutura robusta… e a hiperconvergência é a solução. 

Neste artigo apresentamos o conceito deste tipo de ambiente e as principais vantagens da solução. Acompanhe.

O que é hiperconvergência?

Na prática, a hiperconvergência permite o agrupamento de serviços de Data Center como servidores, armazenamento e rede em pacotes gerenciados por um único aplicativo

A hiperconvergência, assim como a convergência, tem o potencial de eliminar os tradicionais problemas de gerenciamento de TI.

Além dos aspectos já citados, a pesquisa do IDC também aponta que as organizações estão recebendo uma quantidade cada vez maior de dados. Em ambientes altamente distribuídos, a integração de informações exige novas soluções.

A hiperconvergência, por sua vez, funciona a partir de um software que desmembra as operações de infraestrutura do hardware do sistema e as converge em um único bloco no nível do hipervisor.  

Com a hiperconvergência, os sistemas aproveitam a inteligência definida por software para eliminar os silos de armazenamento e computação. Dessa maneira, esses recursos passam a ser executados e gerenciados na mesma plataforma de servidor. Assim, é possível eliminar as ineficiências e acelerar a computação

Como funciona a hiperconvergência?

A hiperconvergência une duas tecnologias:

  1. Software Defined Storage (SDS): software que transforma servidores convencionais em storages
  2. Hipervisor: o software responsável por virtualizar a computação e as funções de rede.

O resultado dessa combinação é uma ferramenta única que serve tanto para virtualizar os recursos de computação e redes (CPU, memória, interfaces de rede) como para o armazenamento de dados, substituindo os storages.

Em termos práticos, é possível comparar a hiperconvergência a um canivete suíço, que reúne várias funções em uma única ferramenta. 

A partir dessa junção de forças em um único sistema, vários nós podem ser adicionados, formando um cluster que entrega os recursos necessários para o armazenamento e o processamento de dados e sistemas de forma compartilhada. 

A hiperconvergência permite o uso de um hardware intercambiável. Ou seja, é possível fazer a aquisição das peças com mais de um fornecedor. De tal modo, a infraestrutura se torna mais simples, flexível, barata e fácil de gerenciar.

Além disso, a hiperconvergência garante alta disponibilidade dos dados e sistemas, requer equipes mais enxutas e permite integração com ambiente cloud. É tudo o que a empresa precisa para ganhar eficiência operacional, sem gargalos de performance, com tolerância a falhas, backup e segurança de dados. 

Por que adotar a hiperconvergência?

Os sistemas hiper convergentes são perfeitos para o gerenciamento de uma infraestrutura de TI complexa com eficácia. Isso porque eles são capazes de acelerar as cargas de trabalho virtualizadas, aumentando a eficiência operacional e reduzindo os custos. 

Com a hiperconvergência, os gestores têm ao seu alcance a confiabilidade, a disponibilidade, a capacidade e a performance necessárias para o desempenho da infraestrutura de TI hoje e no futuro. 

Assim, é possível projetar a arquitetura de acordo com o crescimento da empresa, garantindo a redução do custo total de propriedade (TCO). 

Neste sentido, a infraestrutura hiperconvergente traz uma série de vantagens para a organização. São 3 delas:

  • Viabiliza uma gestão centralizada dos ambientes virtuais por meio de uma interface única, reduzindo o número de atividades manuais.
  • Simplifica e otimiza os processos de aquisição, implantação, suporte e gerenciamento, garantindo mais agilidade aos processos.
  • Possui uma abordagem expansível e configurada em blocos, facilitando a ampliação da infraestrutura à medida que a demanda da empresa aumenta. 

Contudo, as vantagens da hiperconvergência vão muito além. Veja outros dos principais ganhos que a empresa obtém com o uso deste tipo de arquitetura.

Aumenta a segurança dos dados e sistemas

Em Data Centers tradicionais, a proteção dos dados pode se tornar cara e complexa. Contudo, com a hiperconvergência é diferente. Na prática, o backup e a recuperação de desastres, por exemplo, podem fazer parte da infraestrutura desde o início. 

Isso ocorre porque neste tipo de arquitetura os nós são independentes, sendo que um pode servir de redundância do outro e ser completamente isolado. Além disso, os sistemas têm nós adicionais de segurança para substituição sempre que necessário.

A hiperconvergência aumenta o nível de proteção de dados, já que oferece criptografia, backups e estratégias de recuperação de desastres, tornando os sistemas e controles de acesso mais robustos.

Com essa estrutura é possível manter os equipamentos sempre disponíveis, sem instabilidade e downtimes. Em termos de segurança, a integridade é outro destaque: os dados são mantidos limpos, claros e com uma ótima qualidade.

Gera grandes economias para o negócio

O modelo de estrutura hiperconvergente é mais econômico porque não exige alto investimento inicial em aquisições de equipamentos sofisticados. Dessa maneira, o gestor também não precisa dedicar recursos para a compra e manutenção de novos equipamentos à medida que a empresa cresce. 

Toda a inteligência da tecnologia fica no software. Assim, é possível optar pela aquisição de hardwares de baixo custo, conhecidos como commodity hardware. 

Com isso, as empresas conseguem uma melhor negociação com os fabricantes. O modelo também viabiliza a implantação escalonada do Data Center em etapas, atendendo às demandas do negócio.

Proporciona ganhos com a automação

Com a automação dos processos, a hiperconvergência torna a gestão muito mais simples e ágil para os profissionais de TI. Eles deixam de se preocupar com a criação de estruturas automatizadas envolvendo hardwares de diferentes tipos, fabricantes e tecnologias.

Na prática, o ambiente hiperconvergente gerencia sozinho com todas as atribuições de capacidades de armazenamento e processamento. Ou seja, os profissionais podem canalizar mais tempo e energia para tarefas mais estratégicas, como o desenvolvimento das aplicações.

O ambiente de hiperconvergência é um grande facilitador do gerenciamento de TI.

Ele simplifica três processos principais em uma arquitetura de tecnologia, todos feitos dentro do próprio ambiente: 

  • A configuração inicial de hardware;
  • A implantação de hypervisor;
  • A implementação de armazenamento definido por software.

Por isso, muitos gestores preferem usar a hiperconvergência em vez de optar pelas infraestruturas tradicionais. As principais tarefas de setup e implementação de um sistema hiperconvergente demoram, em média, uma hora para serem executadas. 

Melhora o desempenho do ambiente

Um dos principais benefícios da hiperconvergência, sem dúvida, é a excelente performance.

Esse tipo de arquitetura permite que as empresas implementem diferentes tipos de hardwares e cargas de trabalho em um único conjunto de recursos compartilhado, sem comprometer o desempenho por conta da leitura/gravação simultânea. 

Com a hiperconvergência tudo se torna mais simples, prático e produtivo para o time de TI.

Vale destacar que os sistemas hiperconvergentes permitem o uso de diferentes dispositivos de armazenamento em estado sólido (SSD/NVMe) em seus equipamentos. 

Essa compatibilidade facilita a aquisição de hardware. Como os dispositivos não precisam ser de um modelo ou fabricante específico, o leque de soluções disponíveis no mercado é maior. 

Quando a empresa opta por usar dispositivos de armazenamento de estado sólido em um cluster hiperconvergente, ela ganha uma estrutura com excelente potencial de performance de leitura e gravação. Este tipo de arquitetura é capaz de suportar cargas de trabalho intensas, como um sistema com pico de acessos, por exemplo.

Portanto, especialmente para empresas que já se depararam com a capacidade limitada do Data Center atual, a hiperconvergência é a melhor arquitetura para garantir segurança, armazenamento, disponibilidade de dados e alto desempenho. 

Hiperconvergência: solução para reduzir a complexidade dos servidores 

Como vimos, as companhias de diferentes segmentos buscam cada vez mais melhorar o  desempenho e ganhar agilidade e velocidade na gestão de TI.

Em meio a transformação digital, as empresas precisam garantir suporte para acelerar a inovação, mantendo a estrutura flexível e os dados seguros.

Contudo, os gestores encontram alguns entraves quando usam Data Centers físicos. Problemas de desempenho, dificuldade de atualização e falta de previsibilidade de custos e investimentos são apenas alguns deles. 

A hiperconvergência entra como a solução mais inteligente. A nova arquitetura traz inovação, agilidade e segurança, centralizando todos os dados em um único local e facilitando a gestão dos processos de TI

Assim, a empresa ganha produtividade, mantendo sua operação competitiva e confiável. Além disso, a área de TI tem acesso a todos os recursos necessários para atualizar a estratégia corporativa, planejar possíveis mudanças e modernizar o modelo de negócio.

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Com serviços para dispositivos móveis, cloud, automação e soluções de logística, a Ingram Micro possui um amplo portfólio de produtos perfeitos para o desenvolvimento de seu sistema. 

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Roberto Gero

Roberto Gero

Diretor de Produtos e Advanced Computing da Ingram Micro Brasil. Formado em Engenharia Mecânica, com MBA Executivo pela FIA/USP – Fundação Instituto de Administração. Desde 2017, trabalha como Diretor de Soluções Avançadas na Ingram Micro Brasil; com mais de 25 anos em áreas de negócios de TI, passou por diferentes posições em Canais e Fabricantes, incluindo IBM, Oracle e Ingram Micro.