Retrospectiva do impacto da IA generativa em 2025 e o que esperar do próximo ano
Em 2025, a Inteligência Artificial, especialmente a IA Generativa, atravessou uma curva inédita de adoção. Ferramentas antes vistas como experimentais se tornaram parte do cotidiano de equipes de tecnologia, marketing, operações e atendimento. Mas, à medida que a adoção cresceu, também ficou claro que encantamento não é sinônimo de resultado.
Profissionais e líderes iniciaram o ano empolgados com o potencial de automação e produtividade. Porém, ao longo de 2025, o mercado descobriu uma verdade importante: valor real só aparece quando a IA é aplicada com estratégia, governança e propósito.
Este artigo faz uma retrospectiva dos aprendizados de 2025 e antecipa as principais tendências de IA para 2026, especialmente no uso de IA Generativa e automação inteligente, para ajudar empresas a avançarem em direção a um uso mais maduro da tecnologia.


2025: o ano da euforia e também do choque de realidade

Se 2023 e 2024 foram marcados pela descoberta da IA generativa, 2025 consolidou sua adoção em escala.

Uma variedade de empresas testou modelos generativos para criação de conteúdo, análise de dados e automação de processos. No entanto, o ano também deixou evidente que adotar IA não significa automaticamente gerar impacto.
Estudos de mercado indicaram que, embora a maioria das organizações tenha iniciado pilotos de IA generativa, apenas uma pequena parcela conseguiu transformar esses experimentos em ganhos mensuráveis. As razões incluem:

  • Falta de clareza sobre objetivos
  • Projetos desconectados da estratégia de negócio
  • Ausência de governança e políticas de uso
  • Dependência excessiva da IA para tarefas críticas sem supervisão
  • Modelos implementados sem considerar riscos, segurança e viés

O resultado foi um ponto de virada: empresas perceberam que não precisam apenas “usar IA”, mas usar bem.

O que realmente funcionou em 2025: casos que marcaram a maturidade da IA
Apesar do desafio geral, 2025 trouxe avanços importantes e mostrou onde a IA Generativa e a automação realmente brilham:
1. Desenvolvimento de software impulsionado por IA
Ferramentas de IA passaram a atuar como coautoras de código, auxiliando na revisão, geração de testes, documentação e detecção de falhas.

Empresas globais relataram ganhos significativos de produtividade e redução de retrabalho.


2. Automação inteligente na nuvem
A integração entre IA e FinOps ajudou times a otimizar custos de cloud, identificar desperdícios, ajustar rotinas e prever necessidades de capacidade.

A combinação IA + automação trouxe maior visibilidade financeira e precisão operacional.
3. Avanços na saúde digital
A IA acelerou diagnósticos, aumentou a assertividade em análises e possibilitou tratamentos mais personalizados.

Algoritmos treinados adequadamente mostraram eficiência inédita em áreas como radiologia, triagem e monitoramento clínico.
4. Manutenção preditiva em escala
Setores industriais ampliaram o uso de sensores conectados a modelos de machine learning, reduzindo paradas de máquina, aumentando a vida útil de equipamentos e trazendo previsibilidade para decisões de manutenção.
5. Personalização no consumo e entretenimento
Recomendações em plataformas de streaming e e-commerce ficaram ainda mais precisas, impulsionadas por modelos generativos que compreendem comportamento, intenção e contexto de uso.
Esses casos reforçam que a IA gera impacto quando aplicada a problemas específicos, com dados relevantes, supervisão humana e métricas claras.

Os grandes desafios revelados em 2025

A rápida evolução da IA também expôs fragilidades importantes, como:

1. Segurança e riscos operacionais
Modelos generativos podem introduzir vulnerabilidades, expor dados ou replicar vieses presentes nas bases de treinamento.

2. “Workslop”: quando a automação gera retrabalho
Tarefas feitas pela IA sem qualidade suficiente exigem revisão humana, reduzindo produtividade em vez de aumentar.

3. Impacto ambiental do consumo computacional
O crescimento dos modelos aumentou significativamente a demanda por energia, acelerando discussões sobre data centers verdes e eficiência energética.

4. Falta de governança e políticas claras
Muitas empresas perceberam que adotar IA sem parâmetros sólidos de uso, segurança, ética e auditoria abre espaço para erros graves e até danos reputacionais.
Esses desafios reforçam a necessidade de adotar IA com responsabilidade, supervisão e critérios técnicos bem definidos.

Tendências de IA para 2026: da experimentação à maturidade
Se 2025 foi o ano dos pilotos, 2026 será o ano da escala e da consolidação. Algumas tendências ganham força:

1. IA Generativa integrada ao fluxo de trabalho real
Modelos deixam de ser ferramentas isoladas e passam a operar dentro de sistemas corporativos, ERPs, CRMs e plataformas de produtividade.

2. Automação mais inteligente e contextual
A automação deixa de ser baseada em regras fixas e passa a reagir ao comportamento do usuário, ao contexto do processo e aos dados em tempo real.

3. Governança como requisito obrigatório
As empresas passam a estruturar políticas de uso, acesso, segurança, supervisão humana e retenção de dados.

4. Modelos privados e ambientes seguros de treinamento
Ambientes isolados (private AI) ganham força para reduzir riscos e proteger informações sensíveis.

5. IA aplicada à eficiência energética
Paradoxalmente, a própria IA será usada para reduzir o impacto ambiental da IA — otimização de modelos, gerenciamento dinâmico de recursos e orquestração inteligente de cargas.

6. Cultura de IA
Empresas investem em treinamento, criação de times híbridos e habilidades de prompt design e pensamento crítico.
O diferencial competitivo deixará de ser “quem usa IA” e passará a ser quem usa IA com propósito, maturidade e impacto mensurável.

Como as empresas devem se preparar para 2026?
As organizações que querem transformar a IA em vantagem real precisam:

  • Conectar IA à estratégia de negócio
  • Investir em governança e segurança
  • Priorizar casos de uso com ROI mensurável
  • Fortalecer a qualidade dos dados
  • Adotar supervisão humana contínua
  • Treinar equipes para o uso responsável da tecnologia

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A Ingram Micro apoia empresas e parceiros em todas as etapas da jornada de Inteligência Artificial, da definição de estratégias à implementação de soluções em larga escala.
Com experiência em nuvem, automação, IA Generativa e governança, a Ingram ajuda organizações a transformar tecnologia em resultados reais e sustentáveis, garantindo segurança, eficiência e alinhamento às necessidades do negócio.
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Roberto Gero

Roberto Gero

Diretor de Produtos e Advanced Computing da Ingram Micro Brasil. Formado em Engenharia Mecânica, com MBA Executivo pela FIA/USP – Fundação Instituto de Administração. Desde 2017, trabalha como Diretor de Soluções Avançadas na Ingram Micro Brasil; com mais de 25 anos em áreas de negócios de TI, passou por diferentes posições em Canais e Fabricantes, incluindo IBM, Oracle e Ingram Micro.